domingo, 1 de setembro de 2013

Rompimento do PMDB com Rosalba pode ter acontecido tarde demais

Cefas Carvalho

O presidente da Câmara Federal e também estadual do PMDB, deputado federal Henrique Alves, anunciou na sexta-feira, dia 30, após reunião do diretório estadual do partido, que a legenda se retirou oficialmente da base aliada do governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Os peemedebistas  - leia-se Henrique e o primo ministro e senador licenciado Garibaldi Filho - sinalizaram também que o PMDB tentará o projeto de candidatura própria ao Executivo em 2014. 
Contudo, talvez seja tarde demais. Entre observadores políticos, a sensação é de que o partido esperou demais para o rompimento e acabou “comendo mosca”. Tanto que o vácuo de oposição deu margem para Wilma de Faria liderar a pesquisa realizada semana passada para o Governo do Estado.
O deputado estadual Walter Alves, filho de Garibaldi, há mais de um ano defendia o rompimento com Rosalba. Se isso tivesse acontecido e o nome de Walter considerado a sério para o Governo do Estado, talvez os resultados da pesquisa fossem outros.
Ainda há tempo para o PMDB viabilizar um nome para o Governo do Estado? Claro. Porém, três fatores podem pesar: 1) O partido deu margem para Wilma se fortalecer como candidata; 2) O tempo para lançamento de pré-candidaturas diminuiu; 3) Parte do eleitorado pode imaginar que a decisão de romper somente agora foi oportunista, tipo “abandonando o barco”.
A julgar pelas entrevistas de Henrique, um projeto ainda será montado e pensado para definir o nome que irá concorrer à cadeira de líder do Executivo estadual. Walter seria o favorito e candidato natural, na falta de vontade de Henrique e Garibaldi de concorrerem. Contudo, faltando menos de um ano para o começo efetivo da campanha, é pouco provável que Walter aceite o desafio.
"Essa decisão não é nada pessoal contra a governadora Rosalba. O PMDB sempre foi muito bem recebido pela governadora em todas as vezes que a procurou. Porém, não concordamos com a sua gestão e decidimos, à unanimidade, nos afastar do governo", disse Henrique Alves. 


Foto: Moraes Neto

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