sábado, 22 de junho de 2013

Recesso do blog por motivo de viagem

Amigos (as) leitores (as) deste blog, comunico que por motivo de viagem passarei 15 dias sem atualizar este espaço. Em duas semanas, voltarei aos posts e à interação com os leitores(as) através de matérias culturais, políticas e de interesse público, objetivos deste blog. Abraço e até!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Wilma começa a se tornar favorita para o Governo em 2014

Da Redação do Potiguar Notícias

Com o desgaste administrativo da governadora Rosalba Ciarlini e a ausência de nomes de peso da pré-disputa ao Governo do Estado, a vice-prefeita de Natal e ex-governadora Wilma de Faria (PSB) começa a ser vista pelo mundo político potiguar como possível candidata ao cargo e, mais que isso, favorita na disputa.
A afinidade com a presidenta Dilma Rousseff, que visitou Natal há quase duas semanas, solidificou a especulação de que Wilma conta com a simpatia do governo Federal, já que Rosalba Ciarlini é de um partido adversário (DEM), o PT não tem nomes fortes para o Governo (e poderia perder vagas na AL e na Câmara Federal) e Robisnon Faria, do aliado PMN, não consegue emplacar a candidatura.
Apoiada pelo governo federal, bem avaliada pela população e sem adversários fortes, Wilma, efetivamente, se tornaria a favorita em 2014.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Janduhi Medeiros lança livro poético sobre o Seridó e Parnamirim

Cefas Carvalho

Advogado por ofício e poeta por vocação, o seridoense radicado em Parnamirim Janduhi Medeiros lança nesta terça-feira dia 11, seu terceiro livro, Calçada de bodega, na Livraria Saraiva, do Midway Mall. Presidente da Academia Parnamirinense de Letras, militante cultural, Janduhi conversou com o blog, quando falou sobre sua produção e o cenário cultural. Confira:

Como foi o processo de criação e editoração deste terceiro livro?
Foram cinco anos construindo as poesias, pelas veredas das madrugadas. Depois, o Padre Miguel, com a linha da sensibilidade, teceu o prefácio e Dr. Chiquinho, completou, com as orelhas do bicho. A Caravela Selo Cultural foi responsável pela edição.

As poesias e textos do livro estão dentro de um contexto, um conceito? Fale sobre isso.
O contexto é o sertão e Parnamirim. De forma poética, falo do litoral, do cajueiro, do luar e, sobretudo, das calçadas, das bodegas, dos bares, das sombras e das pedras que rastejam pelos rios de areia

Por que Calçada de Bodega? Quais os símbolos disso?
Saboreei os tempos das bodegas, onde as pessoas se encontravam para prosear, trocar informações e falar da vida dos outros. A bodega era um grande templo de fraternidade e de integração social.

Qual a sua opinião sobre a atual produção poética em Parnamirim e em Natal?
Penso que houve muitos avanços na poesia e na cultura parnamirinense. Claro, competir com a vulgaridade é o grande desafio dos poetas, mas as pessoas que gostam da boa literatura e da boa poesia amparam esses guerreiros. Parnamirim, hoje, tem boas produções literárias, bons poetas, concursos de poesia e, recentemente, foi criada a Academia de Letras de Parnamirim, fruto dessa produção

Poesia, afinal de contas, é o quê?...
Finalmente, quero dizer que a poesia é a maior arma para combater a violência e a incompreensão. A poesia produz alegria, amizade, sarau, música e dá brilho as noites de luar, quando transportada para o papel. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PMDB não é afetado por desgaste de governo Rosalba e dá as cartas para 2014

Cefas Carvalho

Henrique Alves - que assumiu a presidência da República por ocasião de viagem da presidenta Dilma Rousseff e do vice Michel Temer - preside a Câmara Federal e é cotado para concorrer ao Senado. Garibaldi Alves é ministro da Previdência e cotado para concorrer ao Governo do Estado. Os dois primos líderes do PMDB potiguar estão em alta. Mas, curiosamente lideram um partido que apóia e faz parte do desgastado governo Rosalba Ciarlini (DEM), que vem alcançando altos índices de desaprovação popular.
Sempre ambíguo, o PMDB apóia Rosalba no RN (inclusive o partido tem secretários, cargos no primeiro e segundo escalões), e faz parte da base do Governo Federal. Outros políticos encarariam a situação com certo constrangimento. Os peemedebistas fazem “ouvidos de mercador” às farpas alheias e seguem em frente alcançando cargos e com bons resultados eleitorais.
Crítico do governo Rosalba, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) detonou o PMDB, dias atrás:  “O PMDB é corresponsável pela tragédia do governo Rosalba, é parceiro dessa tragédia no RN. É uma contradição do PMDB, que é parceiro nacional, mas aqui é parceiro do caos. O PMDB é que vai decidir o caminho dele. Nós da oposição não podemos ficar esperando essa definição. Eu gostaria que o PMDB fizesse uma mudança de posição e reconhecesse a tragédia do governo Rosalba e ajudasse a construir um caminho alternativo”.


Foto: Divulgação

domingo, 9 de junho de 2013

Café Genot, na Saraiva do Midway, terá show de jazz no Dia das Namorados

Dando continuidade ao projeto de viabilizar shows de jazz, o café Genot Maior, que fica na Livraria saraiva, No Midway Mall, apresenta uma edição especial em homenagem ao Dia dos Namorados.  No próximo dia 12, os clientes do Café serão tocados pelo som do trio Manoca Barreto na guitarra, Mário Cavalcanti “Jr. Primata” no baixo acústico e Fernando Suassuna na bateria.
A sonoridade acústica do grupo busca referências no timbre e na concepção da guitarra jazzística, que surge a partir do ano de 1935 com expoentes como Charlie Christian e Wes Montgomery. Serão apresentados standard’s do Jazz e da Música Brasileira, além de composições próprias. No momento, Manoca Barreto também está divulgando seu novo CD de música instrumental, “O som que vem”. O trabalho foi gravado com a participação de grandes músicos residentes na capital, e apresenta dez temas de sua própria autoria.
O trio começa a tocar a partir das 19h. A entrada é franca.





Foto: Divulgação

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Talma&Gadelha lança novo CD "Maiô" nesta sexta no Dosol


Cefas Carvalho

Sucesso absoluto em Natal com uma mistura bem dosada e inteligente de pop-rock de qualidade e divulgação e interação com os fãs pelas redes sociais, a banda natalense Talma&Gadelha conquistou corações e mentes de jovens com o primeiro CD Matando o amor. Hoje, sexta-feira dia 7, a partir das 22h no Dosol (rua Chile, 40, Ribeira) acontece o esperado lançamento do 2º trabalho da banda: Maiô. Como aconteceu anteriormente, tudo indica que boa parte do público esta noite vai cantar juntos com os vocalistas as canções no novo álbum. Afinal, a política de disponibilizar o CD para download se mostrou esperta e bem sucedida.
Na abertura do show, a banda Fukai, formada por membros das antigas Fewell e Venice, que vem conquistando admiradores em Natal e além-fronteiras com surf-music e pop.
E quem não puder descer até a Ribeira nesta noite, tem a chance de assistir Talma&Gadelha amanhã no auditório da Aliança Francesa em duas sessões, ás 1h e 21h. A entrada em todos os 3 shows será R$10 ou R$15 já com o CD Maiô.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Clotilde Tavares recebe nesta quinta na Câmara Título de Cidadã Natalense


Cefas Carvalho 

Honraria das maiores que um município pode oferecer a quem vive e trabalha em uma cidade sem ter nascido nela, o Titulo de Cidadania vem passando por maus tempos em Natal. Vereadores de partidos e tendências diversas, mas com igual falta de noção, distribuíram títulos de cidadania natalense a cantores de axé, pastores, empresários que mal pisaram em Natal durante a vida e que têm quaisquer serviços oferecidos á cidade. Uma pena.
Contudo, nesta quinta-feira dia 6 de junho, o título de Cidadania voltará a seus dias gloriosos, já que a agraciada da noite tem méritos reais de sobre para merecê-lo. Trata-se da paraibana Clotilde Soares, escritora, cordelista, dramaturga, blogueira, atriz, diretora, militante cultural, professora entre outras atividades profissionais e culturais. Workhaolic,  há décadas milita na cultura natalense e já deixou definitivamente sua marca na cultura potiguar.
Clotilde recebe o título a partir das 18h em sessão solene na Câmara Municipal. A sessão é aberta a amigos, artistas, familiares e interessados. Haverá coquetel após a sessão.
E para celebrar o fato, o blog reproduz entrevista feita por ele com Clotilde em abril passado. Confira:

A sra. foi indicada para receber o Título de Cidadania natalense, através de proposição do vereador Hugo Manso na Câmara Municipal. Qual a sensação de receber este reconhecimento?
-Eu moro em Natal há 43 anos e amo esta cidade como se tivesse nascido aqui. Então foi com uma grande alegria que recebi esse título, que para mim funciona como um reconhecimento e retribuição pelo meu trabalho. O vereador Hugo Manso é um grande parceiro para todos os que militam na cultura do estado. Eu também queria dizer que as pessoas hoje me conhecem como artista e agente cultural, mas é preciso lembrar que cheguei aqui em 1970 para estudar Medicina. Desde 1973, ainda estudante, comecei a trabalhar na área da Saúde Pública. Passei quase vinte anos trabalhando, como professora da UFRN, nas épocas heróicas de implantação do SUS e dos PSFs, atendendo nos bairros pobres, nas favelas, pesquisando, publicando trabalhos e percorrendo o estado em palestras e cursos sobre aleitamento materno e nutrição infantil. Fiz Ciência durante muito tempo, e a Arte era apenas nos finais de semana, até que em 1990 resolvi me dedicar somente às atividades artísticas e culturais, transferindo-me da área de saúde para o Departamento de Artes da UFRN. Então, estou certa de que venho dando o que tenho de melhor a esta cidade, por mais de quarenta anos, e estou pronta e animada para mais outros quarenta.

Um texto seu, Os perigos de Vitória, foi encenado com sucesso na Casa da Ribeira recentemente. Como surgiu esse texto e qual o processo criativo dele (da encenação)?
- Os perigos de Vitória é um espetáculo que resultou do projeto Cena Aberta Formação, da Casa da Ribeira, que se propunha a montar um espetáculo de teatro com foco na formação de novos atores. O diretor Henrique Fontes ficou à frente do projeto e me convidou para escrever o texto. Combinamos ele e eu quais seriam as questões que a peça deveria levantar, que idéias e valores ela defenderia, que impressão ela deveria suscitar na mente de pais e filhos que a assistissem. Em cima disso eu criei uma história de uma menina – a Vitória, do título – que está prestes a completar 12 anos mas se assusta com a possibilidade de crescer. O medo, brigando com a coragem, a lança numa aventura cheia de perigos.

A senhora é atriz, dramaturga, diretora, e também professora e escritora. Quais dessas atividades lhe dá mais prazer e mais pretende se dedicar neste momento?
Todas essas atividades me dão prazer e sempre estou fazendo todas. Agora mesmo estou começando a escrever um livro (de encomenda, para um cliente), fazendo a correção final em outro que pretendo lançar ainda este ano, criando um espetáculo de teatro para mim mesma, pois pretendo estar no palco em 2014 como atriz, e cheia de palestras e aulas em cursos. Eu me aposentei da docência na UFRN em 2002, mas de lá para cá não parei de trabalhar. Acho mesmo que estou trabalhando muito mais. Acho ótimo.

Há quem ache que Natal está passando por uma efervescência cultural neste momento, principalmente em música e em teatro (área em que a sra. milita). Concorda com esta afirmação?
Todos os artistas que conheço estão produzindo, não só nessas áreas como em outras. O artista de verdade produz por um impulso interno, muitas vezes independente da vontade dele. Conheço gente que adoece se por acaso não puder se dedicar à sua arte.
 
Qual sua opinião sobre as políticas culturais - se é que existem - da Prefeitura de Natal e Governo do Estado?
Durante quatro anos Natal amargou um desastre completo na administração pública, em todos os setores. Não existiram ações públicas de qualidade na área da cultura, e os equipamentos que existiam foram simplesmente destruídos, para usar uma imagem suave. Agora, com o prefeito Carlos Eduardo, há uma imensa tarefa de reconstrução dessa terra arrasada e muito esforço para recuperar a credibilidade nas ações da prefeitura. Como ele escolheu pessoas sérias para os cargos na área cultural, tendo à frente Dácio Galvão, eu acredito que as coisas vão melhorar. A nível de governo estadual continuo vendo a mesma antiga política de eventos, e muitos equipamentos importantes desativados ou sem manutenção adequada.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Para Malafaia, “liberdade de expressão” é ser contra o direito alheio.


Cefas Carvalho



Deixa eu entender. Silas Malafaia vai juntar hoje, quarta-feira dia 5,  milhares de evangélicos e religiosos em geral em uma “manifestação pacífica” em Brasília. para, segundo ele, defender a “Liberdade de expressão, a família tradicional e a vida”. E para defender a liberdade de expressão eles são CONTRA direitos de homossexuais e mulheres. E se lutam pela “liberdade de expressão” deve ser por que no Brasil é proibido evangélicos abrirem igrejas, frequentarem cultos e evangelizarem em programas de TV. Mas, espera aí...


PS: Malafaia (e assemelhados como Marco Feliciano, Marcos Pereira, Valdomiro Santiago, Edir Macedo, Ana Paula Valadão) seriam caso de tratamento psicológico (entre outras coisas, pela obsessão com homossexuais que eles, principalmente Silas, tem) se não ficasse tanto claro que tudo não passa de uma questão de poder e dinheiro. Vender ódio e medo dá dinheiro. Tanto que os citados acima estão envolvidos diretamente com política-partidária.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Sandro Fortunato e as Mulheres de Fellini em livro

Cefas Carvalho

Cinéfilo incurável, o jornalista Sandro Fortunato – já prestigiado local e nacionalmente pelo site Memória Viva (memoriaviva.com.br ) há 15 anos no ar – bancou um sonho pessoal e o tornou realidade: imortalizar no papel impresso, como livro, sua paixão pelo genial cineasta italiano Federico Fellini. Mais que isso, pelas musas fellinianas, as mulheres que marcaram a cinematografia do mestre.
Sandro lança nesta terça-feira dia 6 na Livraria Nobel da avenida Salgado Filho, em Natal, a partir das 19h o livro Mulheres de Fellini nos anos 1950, primeiro livro de uma trilogia perfazendo as demais décadas de produção felliniana. Sandro planeja lançamentos do livro no Rio de Janeiro e em São Paulo em breve. O autor conversou com o blog Impressão sobre o livro, Fellini e o processo criativo. 

Por que escrever sobre Fellini?
Sou fascinado por Fellini há uns 25 anos. Meu primeiro Fellini foi Ginger e Fred e, logo depois, Amarcord, ambos em VHS, no final dos anos 80. A partir daí, vi todos os filmes e li todos os livros publicados sobre ele no Brasil. Em 2005, dei um mergulho maior no universo de Fellini quando fui todos os dias, durante duas semanas, para a exposição Circo Fellini, em Brasília. Fotos, desenhos, cartazes, figurinos e exibição de quase todos os filmes. Em 2008, resolvi rever todos os filmes, pela primeira vez em ordem cronológica, e fazer anotações sobre eles. Isso tomou um volume enorme. Como já tinha visto todos várias vezes, mais e mais detalhes pulavam aos meus olhos. Achei que o resultado deveria ser dividido com outras pessoas, principalmente com as gerações mais novas, criadas com aqueles clipes gigantescos, neuróticos, cheios de explosões, carros voando e sangue jorrando, que Hollywood chama de cinema. Tirando o catálogo da exposição "Tutto Fellini", que passou por Rio e São Paulo no ano passado, desde 1994 não se publicava um livro só sobre Fellini e sua obra no Brasil. É aí que eu entro.

Como foi o processo criativo e a formatação do livro em si?
Comecei a pedir que alguns conhecidos assistissem aos filmes. Em alguma ocasiões, reuni amigos para assistirmos juntos e discutir em seguida. Isso serviu para encontrar uma forma de falar sobre os filmes de uma forma que qualquer um entendesse e não apenas para "tarados" por Fellini. O livro serve como guia para mostrar que nada está ali à toa. Cada gesto, cada fala, casa placa ou personagem passando ao fundo tem sua função. O interessante é que, um ávido leitor, que sempre digo para ler primeiro o livro e só depois ver o filme, acabei produzindo algo que funciona ao contrário! Portanto, vejam os filmes e só depois leiam o livro. E depois vejam os filmes outra vez. Aprendendo com Fellini, nenhum outro filme será visto da mesma maneira.