quinta-feira, 31 de outubro de 2013

IFRN terá programação musical em novembro no espaço de Zé Reeira

O Campus da IFRN Natal Cidade Alta mais uma vez apresenta um mês inteiro de programação culturais. Ao longo do mês de novembro e início de dezembro, o "Espaço Rui Pereira", mais conhecido como beco do Zé Reeira, no centro de Natal, estará recheado de grandes atrações. A programação, que terá início nesta sexta-feira (1), abre o mês com o grupo Rastafeeling Reggae, que se apresenta às 22h. Toda a programação é gratuita e aberta ao público externo.
O Projeto “Diversidade Cultural no Espaço Rui Pereira”, de organização da Funcarte, tem o regente da Banda Sinfônica de Natal, Gilberto Cabral, como organizador. Natural de Recife, Gilberto radicou-se em Natal em 1988, onde é Trombonista da Orquestra Sinfônica do RN, Regente da Banda Sinfônica da Cidade do Natal e Presidente da ONG Ilha de Música. Gilberto tem 2 CD’s gravados: “Musa” (2006) e “Colorido” (2009). Músico eclético, suas composições mesclam elementos eruditos com ritmos nordestinos. Realizou produção e direção musical de CDs de artistas de nosso estado, entre eles destaca "Impressões" e "Lanterna do Futuro" da cantora Valéria Oliveira e o Cd da Banda Sinfônica do Município de Natal, gravado em 2008 com participações de Elba Ramalho, Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Léo Gandelman, Zeca Baleiro, Hilkélia e Rodolfo Amaral, entre outros. Como Produtor Cultural realizou em 2011, o XVII Festival Internacional de Trombonistas, que pela 1ª vez veio para o Rio Grande do Norte, trazendo professores internacionais e nacionais, com destaque para o lendário trombonista Moacir Santos.
Do primeiro dia de novembro à 7 de dezembro haverá dança popular, música, pintura, circo, marionetes, mostra de cinema e poesia. A ideia é mostrar aos natalenses a grande diversidade que temos nas artes, misturando música com pintura, dança, palhaços, cinema, etc. Vale a pena ressaltar que todas as apresentações serão com artistas locais, exaltando, assim a cultura local e o que a cidade tem de qualidade.



Foto: Pablo Pinheiro

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Livro derruba mitos preconceituosos do Bolsa Família e mostra números positivos


Do site Conversa Afiada
 
O governo lançará nesta quarta-feira (30), na comemoração do aniversário dos dez anos do Bolsa Família, em Brasília, com a Presidenta Dilma e o Nunca Dantes, um livro de 500 páginas com estudos sobre o programa.
O livro desmonta os mitos – preconceitos – contra o Bolsa Família.
O mito de quem recebe o Bolsa Família não trabalha.
Ou seja, o pobre é vagabundo.
O mito de que a mulher engravida para não sair do Bolsa Família.
Ou seja, a mulher pobre é pilantra.
O mito de que o Bolsa Família não tem “porta de saída”.
Ou seja, o Bolsa dá a vara mas não ensina a pescar.
O mito de que o Bolsa Família é um desperdício, “patrimonialista”, “paternalista”.
Ou seja, o Lula criou o Bolsa Família para assegurar os votos do Nordeste.

Paulo Henrique Amorim entrevistou, por telefone, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Ela desmonta os mitos todos.

Eis a entrevista:


PHA: O candidato à presidência da República, Eduardo Campos, acaba de fazer a seguinte afirmação: “Estamos vendo hoje as filhas do Bolsa Família se tornando mães do Bolsa Família. A gente vai assistir elas sendo avós do Bolsa Família? Como fazemos fazer com que isso se rompa, se não por uma política de educação transformadora?”
O que a senhora diria sobre isso? As filhas do Bolsa Família estão se tornando avós do Bolsa Família?
Tereza Campello: Nós temos 50 milhões de pessoas no Bolsa Família, quase 14 milhões de famílias.
Então, obviamente, que as pessoas sempre vão poder achar um caso de “as filhas, das filhas…” Se procurar bem, já vão achar até as avós dentro do próprio Bolsa Família, porque nós estamos falando de dez anos.
Nós temos que falar do Bolsa Família, primeiro, como processo. E, segundo, com a escala com que estamos trabalhando, não a partir das exceções e do baixo astral.
Nós estamos lançando quarta-feira (30) um livro.
Um livro realmente impactante, de 500 páginas. Com pesquisadores; cientistas; estudiosos – com 29 capítulos, mais de 60 autores, passando por vários mitos, vários boatos e analisando cada um deles.
Eu ousaria dizer que o que mais me impressionou no conjunto dos estudos foi justamente o impacto do Bolsa Família no que se refere a transformação nas crianças e nos jovens do Brasil.
Muito se fala no impacto do Bolsa Família sobre a pobreza e na extrema pobreza – e ele é realmente muito importante.
Mas, se a gente for olhar a transformação na vida dessas crianças, crianças que, muitas vezes, nem chegavam à escola e hoje a gente vê que todas estão na escola.
O nível de abandono da escola das crianças do Bolsa Família é muito inferior à das demais crianças.
A taxa de permanência (na escola) das crianças do Bolsa Família é muito superior.
Quando a gente olha no primeiro ano, no segundo ano, ela já é superior. Mas quando a gente olha no ensino médio, nossas crianças estão muito mais na escola do que as crianças que não são do Bolsa Família.
Só isso já mostra o efeito transformador sobre essas crianças – que, antes, eram as primeiras a se evadir (da escola).
Agora, quando a gente verifica o desempenho das nossas crianças, veremos que elas estão indo bem, muito bem.
E quando chegam ao ensino médio, elas estão indo melhor do que os demais jovens.
Obviamente, a escola tem muito a melhorar.
Nós estamos fazendo um esforço enorme, criando escolas em tempo integral, direcionando a escola em tempo integral justamente para a população do Bolsa Família.
Nós queremos que as crianças entrem antes na escola, que tenhamos mais creches.
É claro que ninguém faz isso da noite para o dia, isso está em pleno processo, em plena transformação.
Agora, pela primeira vez na História do Brasil o indicador dos mais pobres está a cima da média do Brasil.
Eu gostaria de convidar a todos – não só os que hoje, eventualmente, criticam o Bolsa Família, mas o conjunto da sociedade – para conhecer esses números que são realmente entusiasmantes.

PHA: Existe algum motivo especial para se imaginar que a situação do Bolsa Família seja pior em Pernambuco, ou Pernambuco está dentro da média?
Campello: O Nordeste em especial tem um desempenho muito bom. Alguns estados melhores do que outros, mas, em geral, o Nordeste se destaca.
Esse é um esforço das prefeituras. No Nordeste, muitos municípios aderiram quase que imediatamente ao Bolsa Família. Nós temos um trabalho lá que é de longa data.
Uma coisa que pouca gente sabe, Paulo Henrique. As pessoas perguntam: “como a gente sabe que as crianças estão na escola?”
Nós temos um exército de servidores na área da Educação, nos municípios, que acompanham a frequência dos estudantes do Bolsa Família mensalmente.
Todo mês, os meninos do Bolsa Família tem sua frequência anotada. E a frequência deles é maior do que a das demais crianças. Isso (a frequência) é obrigatório.
A frequência (mínima) dos meninos do Bolsa Família é de 85%. A dos que não são do Bolsa Família, é de 75%.
Então eles tem um nível de exposição à escola maior, são mais cobrados.
Às vezes nós somos até criticados por isso, dizem que nós estamos exigindo muito dessas crianças, mas, de fato, nós queremos que eles possam ser bem-sucedidos na vida, e que possam romper com uma trajetória que era uma trajetória historicamente triste.
E eles estão indo bem, todos os indicadores que envolvem nutrição, que envolvem o desempenho escolar, são excepcionais.

PHA: Quais são os pré-requisitos – mesmo depois de dez anos ainda vale a pena lembrar isso – para que uma mãe receba o Bolsa Família, no que concerne ao desempenho escolar ?
Campello: A criança tem que ter frequência acima de 85% – como eu disse, contra 75% que é a frequência mínima do conjunto das outras crianças, tanto da rede pública quanto da rede privada.
E isso não é medido no ano, é bimestral. Então a aula começa em fevereiro, em março a gente já olha para ver se a frequência está em 85%. Se não está, essa família já começa a ser notificada.
Nós queremos ter criança em sala de aula o tempo todo, para ela se alimentar melhor, e porque a exposição à Educação é positiva para essa criança – todos os indicadores do mundo mostram isso.
As mães (que recebem o Bolsa), quando gestantes, tem que fazer o pré-natal. E no caso da saúde das crianças, elas tem que ir ao posto de saúde semestralmente onde elas tem de ser medidas, pesadas e vacinadas.
No caso da Educação, o que nós estamos exigindo é frequência.
Quando a criança deixa de ir à escola nós informamos à família e, antes de cortar o benefício vai uma assistente social à casa da criança para tentar entender o que está acontecendo.
Eventualmente, pode ter acontecido alguma coisa, algum motivo de força maior que justifique (a ausência), como justificaria qualquer outra criança.


PHA: É claro que nessa crítica feita pelo governador Eduardo Campos tem a questão da porta de saída. Eu lhe pergunto: quantas pessoas hoje já deixaram o Bolsa Família porque melhoraram de vida ?
Campello: Nós temos 1,7 milhões de famílias que deixaram o Bolsa Família. Isso dá em torno de 6,5 milhões de pessoas que saíram do Bolsa Família.
Agora, as pessoas acham – e de certa forma isso é natural – que ficar no Bolsa Família é um sinal de fracasso.
Na nossa avaliação, é que não é.
A maioria dos adultos do Bolsa Família trabalha, e trabalha na mesma média dos demais que não são do Bolsa Família.
Metade da população do Bolsa Família não trabalha, por quê ? Porque tem menos de 16 anos. Então não trabalha e não deve trabalhar.
Dos adultos, 75% trabalham. Essa é exatamente a média que nós encontramos na População Economicamente Ativa (PEA).
Se exige do público do Bolsa Família que ele deixe o Bolsa Família. Nós queremos desse público que ele trabalhe e prospere. Eles já trabalham, então como fazê-los prosperar ?
Primeiro: levando qualificação profissional e oportunidade.
Isso nós estamos fazendo com um sucesso muito grande. Uma das áreas que estão tendo um retorno excepcional é o PRONATEC, que é o programa de qualificação profissional, e que tem passado por uma grande transformação no Brasil.
Tradicionalmente, os programas de qualificação profissional que eram oferecidos para os mais pobres eram cursos muito ruins.
Cursos de uma semana, de duas semanas, que eram mais para dar um susto nas pessoas; elas acabavam aprendendo só a fazer um currículo. Em duas semanas vai aprender o quê ?
E eram cursos feitos por entidades com baixa qualificação técnica. A Presidenta (Dilma) mudou isso radicalmente ao criar o PRONATEC.
Alterou a oferta. Agora os cursos tem que ser de alto nível.
Quem é que está oferecendo cursos de qualificação para os mais pobres hoje ?
Coisa que não acontecia antes.
São cursos do ”Sistema S”, SESI, SENAI, SESC, SENAC, SEBRAE.
Ou seja, o que nós temos de melhor no Brasil. E tem também os nossos Institutos Federais.
O ‘PRONATEC está funcionando há um ano e oito meses, em um ano e oito meses nós qualificamos 800 mil pessoas do “Brasil Sem Miséria”.
Nós tínhamos uma meta de 1 milhão até dezembro de 2014. Nós vamos praticamente ter uma vez e meia isso, se nós continuarmos com o desempenho que estamos tendo até agora.
A qualificação profissional ajuda a realocar essa pessoa no mercado de trabalho.
Porque – como eu já disse – elas já trabalham, mas, às vezes, trabalham no pior emprego que tem – ele é pedreiro, mas como ele não fez o curso de qualificação, faz um bico numa obra clandestina; trabalha dia sim, outro não.
Com um curso de qualificação para pedreiro, para auxiliar de pedreiro, para azulejista, encanador, eletricista ele consegue melhorar a inserção no mercado, já que ele tem um curso e um certificado bom.
A mesma coisa no comércio: auxiliar de cozinha, cozinheiro, garçom.
Nós estamos formando milhares e milhares de pessoas em áreas que, tradicionalmente, antes, nosso público não trabalhava. E que hoje são áreas que o mercado de trabalho procura. Por exemplo, cuidador de idoso. O Brasil está melhorando, tem uma população idosa cada vez maior, uma população idosa bem colocada, de classe média. Muitas vezes, o idoso não precisa de um auxiliar de enfermagem, precisa de alguém que o apoie no dia a dia, alguém que faça companhia.
Nós estamos formando centenas e mais centenas de cuidadores de idosos e cuidadores de crianças no público do Bolsa Família.
Agora, o encanador, pode tanto arrumar um emprego em alguma empresa, como pode montar seu próprio negócio de encanador.
A costureira pode arrumar um emprego numa fábrica, ou montar uma cooperativa com as suas vizinhas, ou ainda costurar para fora e se tornar uma microempresária – isso tem acontecido muito.
Nós temos dados muito recentes que mostram que, na verdade, o Bolsa Família é uma grande porta de entrada. Entrada para quê? Das crianças para o ensino integral; das crianças para a creche – porque quando a criança é do Bolsa Família, o governo paga 50 reais a mais se o município abrir uma vaga e colocar essa criança, que é mais pobre.
Para os adultos, é uma oportunidade para quem está no campo, e ainda não tem luz, entrar no “Luz para Todos”; entrar no ”Minha Casa Minha Vida”; no ”PRONATEC”; no ”Crescer”, que é o microcrédito produtivo orientado.
Mais de 50% dos empréstimos do “Crescer” são para pessoas de baixa renda e baixa escolaridade do “Cadastro Único”.
Nós temos hoje cerca de 10% dos microempreendedores, que se formalizaram no Brasil, que são do Bolsa Família.
Isso mostra que é preconceito contra pobre dizer que eles não trabalham. Achar que eles não querem trabalhar, que eles precisam de favor. Esse público não precisa de favor. Precisa é de oportunidade.
O Bolsa Família muitas vezes é uma oportunidade inclusive para que a pessoa tenha um dinheirinho extra.
Pra quem não tiver trabalhando poder ir atrás do emprego.
Essa coisa de “só pode usar com comida”, não é verdade. Se quiser pegar o ônibus, pode; se quiser comprar material de higiene, para cuidar bem das crianças, pode; se quiser comprar uma roupinha, um calçado, pode.
E eu acho que um dado novo e surpreendente, que estará nesse nosso livro, e que nós já divulgamos na semana passada, é que para aqueles que achavam que nós estávamos gastando mal os R$ 24 bilhões do Bolsa Família – veja, nós não fazemos o Bolsa Família para ter retorno financeiro, fizemos para três coisas: para combater a pobreza; levar as crianças para escola; e levar as crianças para o Sistema de Saúde – mas, como essas famílias gastam o dinheiro com bens que são produzidos dentro do Brasil, que é: comida, roupa, remédio, material escolar, material de higiene e assim por diante, o que acontece ?
Cada 1 real investido no Bolsa Família, retorna para o PIB com R$1,78.
E no consumo geral das famílias (o retorno é de) R$2,40.
Numa cidadezinha pequena, a mãe vai para feira e gasta o dinheiro dela na feira. Gera renda para o agricultor familiar – que vendeu na feira o seu produto – e que, por sua vez, gasta também na cidade.
Por isso, hoje a gente diz que o Bolsa Família beneficia todo o Brasil. É muito difícil encontrar uma pessoa (no Brasil) que não seja direta, ou indiretamente, beneficiada pelo Bolsa Família.

PHA: A senhora falou sobre pessoas que estão nos municípios checando a frequência escolar. Quantas pessoas do Bolsa Família estão trabalhando nisso pelo Brasil?
Campello: Na rede de Educação, fazendo esse levantamento, tem um conjunto de servidores da área de educação que, além de suas funções normais, tem que entrar bimestralmente em um sistema, que é um sistema que acompanha a frequência dos alunos.
Nós chamamos esse sistema de SICOM. Eles tem que alimentar esse sistema bimestralmente. São 32 mil servidores da Educação que fazem isso.

PHA: Sobre um efeito imaterial do Bolsa Família, que é muitas vezes subestimado: o efeito do Bolsa Família na vida das mulheres, que são quem recebem pela família o benefício. O que aconteceu com a mulher beneficiária do Bolsa Família nesses dez anos?
Campello: Primeiro, uma parte grande dessas mulheres, até pela condição de pobreza, ficava em casa cuidando das crianças, não tinha nenhum tipo de decisão familiar.
Se você pegar a mulher do campo, por exemplo, todo o processo de decisão sobre o gasto familiar era feito pelo homem: onde ia se plantar, o que ia se plantar, tudo era decidido pelo homem.
Esse processo começou a mudar, isso aparece em todas as pesquisas que a gente fez, inclusive qualitativas, mostrando que as mulheres conquistaram um poder decisório maior sobre os gastos da família.
Segundo, essas pessoas passaram a ter um dinheiro com que elas podem contar todo mês, e não um dinheiro variável, como era muitas vezes – fazia um bico hoje, ganha dois reais, compra arroz; fazia outro bico amanhã, ganhava cinco reais e comprava feijão e tomate.
O dinheiro do Bolsa Família gerou isso que nós chamamos de ”educação financeira” nas mulheres e nessas famílias.
Elas passaram a planejar o que fazer. Muitas vezes, poupar para comprar alguma coisa, um calçado, um eletrodoméstico para a casa.
Eu acho que houve um processo de inclusão financeira, de empoderamento, já que essas pessoas eram completamente excluídas desse elemento da modernidade, que é ser incluída financeiramente.
Acho que esse é o maior processo de inclusão financeira já feita no país, nessa população pobre. Mesmo os que não tem conta vão ao banco, vão à casa lotérica (receber o beneficio), aprenderam a usar esse universo, que é um universo também de cidadania.

PHA: Existe a desconfiança – aqui e em países como os Estados Unidos, no “Food Stamp”, países em que existem programas de inclusão como o Bolsa Família – de que há ”mães profissionais”, que engravidam para continuar a receber o Bolsa Família. O que aconteceu com o índice de natalidade entre as mulheres que recebem o Bolsa Família ? Subiu ou diminuiu ?
Campello: Esse é outro capítulo do nosso livro, sobre fecundidade, sobre esse preconceito – porque as pessoas partem do princípio de que só porque a pessoa é pobre ela age dessa forma oportunista.
É difícil imaginar alguém querendo ter um filho só para ter o beneficio. Até porque seria muita burrice. Todos nós pais sabemos o trabalho que dá criar um filho até a idade adulta.
Mas, felizmente, hoje nós temos estatísticas que colocam abaixo qualquer suspeição dessa natureza.
A taxa de natalidade caiu muito fortemente no Brasil, caiu 20% nos últimos dez anos. Caiu inclusive de forma assustadora, porque, se ela continuar a cair nesse ritmo, nós não teremos mão de obra suficiente nos próximos 20 anos.
E entre os mais pobres, a natalidade caiu 30%.
Ou seja, caiu 20% na média nacional e entre os mais pobres caiu 30%, exatamente entre a população que recebe o Bolsa Família. O que bota um fim nesse mito e nesse preconceito contra a população pobre.

PHA: Agora, minha desconfiança é que a senhora, mesmo com esse livro, e com outras entrevistas que a senhora dê, não conseguirá enfrentar os mesmos preconceitos de sempre.
Campello: Paulo Henrique, acontece o seguinte: vamos imaginar que parte dessas pessoas que reproduz esse pensamento o reproduzissem por ignorância, porque não tinham acesso à informação.
Tem mais achismo. Muitas pessoas que dizem isso tem acesso à informação, sim.
Agora (com as informações disponíveis), se disser isso, é preconceito mesmo.
Agora nós temos prova, temos estatísticas, estudos que provam isso.
Agora, não tem nenhum estudo do lado de lá. Que venham os estudos do lado de lá.
Eu duvido que apareça um pesquisador no Brasil, sério ou não sério, diga o contrário.
Então ficará provado que é só preconceito.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Fundação Parnamirim de Cultura apóia evento cultural em Pium

A Fundação Parnamirim de Cultura apoiou a 50ª edição do Café com Letras e simultaneamente a 6ª edição da Feirinha de Arte e Artesanato na última sexta-feira, 25. O evento aderiu à campanha mundial do Outubro Cor de Rosa, se solidarizando à luta contra o câncer de mama. O café com Letras Outubro Rosa aconteceu no largo da feirinha de frutas do Pium, com programação no pátio da Igreja Santa Luzia. A criação e iniciativa do evento surgiram com a semana de Cultura de Parnamirim, em 2008, quando as ações culturais no município se descentralizaram fomentado ações culturais em diversas localidades no município. Segundo a diretora do Instituto Pium de Cultura, Gorete Caldas o evento oportuniza a economia solidária e oferece uma grande oportunidade para  que os talentos da localidade exponham sua arte. ¨É  uma forma de divulgarmos as diversas manifestações artísticas, convergindo principalmente para emprego e renda  do povo local¨, explica.

Com recitais poéticos, musica ao vivo, lançamento de livros, intervenções artísticas, o Café com Letras e a Feirinha de Arte e Artesanato permitiram à  artesã, Silvania Sitonio expor seus trabalhos para a comunidade e também para os turistas que passam por Pirangi.
Para o presidente da Fundação, Haroldo Gomes, o evento tem a participação da comunidade de forma solidária e comprometida com tudo que se propõem a fazer. “As descobertas e experiências se multiplicam a cada oportunidade do evento, tudo de forma espontânea”, disse.
O público contou ainda com um show e a participação de Regina Casaforte e Mazinho Viana. 

Foto: Assecom-Parnamirim

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PT deve priorizar projeto de Fátima para o Senado

Cefas Carvalho

Oficialmente ainda se fala que “está cedo”, “é necessário debater o assunto” e “há aspectos a se ponderar”, mas, é quase certo no mundo político que o PT nacional já bateu o martelo em relação ao Rio Grande do Norte: a prioridade e meta quase exclusiva será eleger Fátima Bezerra para o Senado.
O diretório nacional do partido tem como prioridade a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. No pacote deste projeto, está a eleição de petistas para o Senado, a fim de garantir sustentabilidade governamental para Dilma.
Fátima aparece como favorita e “candidata única” ao Senado até agora. E o PT nacional percebe isso. E quer os esforços do partido direcionados neste sentido.
Mas, na prática, a decisão inviabiliza o projeto do deputado Fernando Mineiro de ser candidato ao Governo do Estado. Bem cotado entre a opinião pública e os petistas e vindo de um honroso 3º lugar na eleição para a Prefeitura de Natal (quando por pouco não foi ao 2º turno), Mineiro sonhava com este vôo mais alto. A julgar pelas evidências, não será agora.
Pragmático, o diretório nacional analisa que uma candidatura Mineiro ao Governo, não apenas não decolaria em termos estaduais (onde o PT não tem o peso eleitoral que tem na Grande Natal) como ainda “engessaria” o partido para fazer alianças, consideradas fundamentais dentro do projeto de reeleger Dilma.
Tanto que há evidências que o partido pretende “sacrificar” candidaturas em diversos estados, em prol de alianças. Mineiro estaria na lista dos “sacrificados”. Em nome da prioridade Dilma. E de Fátima, que estaria inclusa no projeto Dilma.
O presidente estadual do partido, Eraldo Paiva afirmou esta semana que “se depender do PT, a deputada federal Fátima Bezerra será sim candidata ao Senado. Vamos construir esse cenário”, ressaltou.
Mas, Eraldo não descarta que os petistas trabalhem com o cenário de lançarem uma chapa com candidato a governador e ainda  optar pela disputa ao Senado, com Fátima Bezerra, e com os nomes da proporcional, de deputados estaduais e federais.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Parnamirinenses se dividem sobre Carnatal no Parque Aristófanes Fernandes

Cefas Carvalho e
Luana Bittencourt


Carnatal? Ou Carnamirim...? A confirmação feita pela  Destaque Promoções, organizadora do Carnatal,  que a micareta acontecerá no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim foi fechado na quarta-feira, dia 16, em reunião da Destaque com a Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc).
Segundo a Destaque, o evento terá o período reduzido de quatro para três dias, sendo realizado entre os dias 5 e 7 de dezembro, de quinta a sábado.
O diretor da Destaque Promoções, Ricardo Bezerra, informou que o percurso da micareta compreenderá a área calçada do Parque Aristófanes Fernandes. Também diretor da empresa, o deputado estadual Gustavo Carvalho acrescentou que estão confirmados quatro blocos e outro está em negociação para se apresentar na quinta-feira do Carnatal. O parque terá um palco com banda durante todo o evento e será cobrada uma taxa para entrada no local. Além disso, um camarote temático está confirmado, porém ainda há espaço para mais ambientes. O funcionamento da arquibancada ainda está indefinido.
A notícia dividiu os parnamirinenses, que veem na realização da festa vantagens, como geração de renda e empregos temporários, e também problemas, principalmente envolvendo segurança e limpeza.
O presidente da CDL Parnamirim, Marcos Fernandes considera que, no primeiro momento, é muito bom que o Carnatal seja em Parnamirim. “Acredito que vai melhorar muita coisa, especialmente porque nesses três dias terá um movimento muito grande na cidade”. Marcos comentou ainda que o fato de pessoas de outros estados virem ao município vai aquecer o comércio local.
O outro ponto positivo, na opinião do presidente da CDL, é a segurança oferecida pelo Parque Aristófanes Fernandes. O lugar fechado, segundo ele, contribui para a redução dos riscos existentes em um evento grande como é o Carnatal.
Para o presidente da Fundação Parnamirim de Cultura, Haroldo Gomes, "considero que o Carnatal é uma festa privada que será realizada num espaço privado, da ANORC, a exemplo do que acontece com a Festa do Boi. Não vejo problema nesse sentido. Por outro lado, todos somos cientes que por ser uma festa extremamente popular, o fluxo de veículos na BR 101 vai aumentar consideravelmente e, com certeza, teremos problemas. Não sei, também, até que ponto o Parque Aristófanes Fernandes está estruturado para abrigar e fazer circular os trios elétricos, que são uma característica do evento”.
Sobre a questão “cultural” do evento, Haroldo assinala que “do ponto de vista da atividade em si, considero o Carnatal um megaevento, que pouco trabalha a fruição e divulgação dos bens culturais locais, mas que tem uma grande aceitação da nossa população, que paga seus impostos e tem direito a fazer suas escolhas. O papel do poder público, no âmbito cultural, é ter um cardápio o mais abrangente possível. O julgamento sobre seu valor como produto cultural deve ser feito pela população”, sentencia.
Já o presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Rosano Taveira, acredita que a festa irá gerar vantagens e problemas para a população parnamirinense. “Uma festa do porte do Carnatal traz coisas boas, como geração de renda, movimentação na economia, como problemas evidentes para a comunidade da área como barulho e insegurança. É um evento que atrai todo tipo de gente e quem mora no bairro tem direito de querer tranquilidade nos três dias”, afirma Taveira, registrando que certamente o tema será debatido na Câmara.
De acordo com Ricardo Bezerra, da Destaque, a empresa divulgará mais detalhes sobre o evento na próxima semana. Na reunião desta quarta, realizada no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, foram definidas responsabilidades que a Destaque terá de cumprir para promover a micareta no local.
Antes do encontro com a Destaque, o presidente da Anorc, Marcos Aurélio de Sá, explicou que a associação apresentaria um Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público Estadual que trata da definição dos horários da festa. "Naturalmente não temos interesse em descumprir o termo e por isso estamos apresentando para evitar problemas", disse.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Orquestras alemã e da UFRN no Teatro Riachuelo nesta segunda-feira


Celebrando o Ano da Alemanha no Brasil, a Orquestra Sinfônica da UFRN recebe a KammerOrchester da HochSchule fur Musik de Karlsruhe (Orquestra de Câmara de Karlsruhe, Alemanha) onde apresentam hoje, segunda dia 21, no teatro Riachuelo - e pela primeira vez no Rio Grande do Norte -  duas importantes orquestras no mesmo palco. Às 21h os dois grupos vão executar repertório brasileiro e germânico, com peças de Schumann e Edino Krieger. Os ingressos para o concerto no Teatro Riachuelo podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ao preço de R$50 (inteira) e R$25 (meia). O concerto no teatro Riachuelo acontece dentro do Projeto “Parcerias Sinfônicas” do SESC-RN.

O encontro musical entre Alemanha e Brasil é uma cooperação com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, dentro das atividades do programa UNIBRAL, que tem proporcionado a circulação de alunos e professores entre a Hochschule für Musik Karlsruhe e três universidades brasileiras. É importante ressaltar que a UFRN é a única universidade participante do programa fora da região Sudeste. Em prática desde o início do ano, esta parceria possibilitou a três integrantes da OSUFRN a prosseguirem estudos na Alemanha, e trouxe de lá dois alunos para uma temporada de aprendizado na EMUFRN. A realização deste encontro no Rio Grande do Norte recebe incentivo da visão estratégica da internacionalização da educação promovida pela direção da Escola de Música da UFRN.

A OSUFRN tem atuado com solistas de referência como Martin Ostertag (violoncelo), Italo Babini (violoncelo), Fany Solter (piano), Stefano Algieri(tenor) e Gabriela Queiroz (violino). A Orquestra é um Grupo Permanente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e desde 2011 tem atuado em convênio com o SESC, produzindo espetáculos com grande sucesso de crítica e público.

SERVIÇO

Segunda-feira, dia 21 de outubro

Concerto com a KammerOrchester e Orquestra Sinfônica da UFRN

Teatro Riachuelo às 21h

Ingressos na bilheteria do teatro. R$50 (inteira) R$25 (meia)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Festival Shaman de dança tribal será realizado


A 3ª edição do festival Shaman’s Fest (apresentações de dança tribal) será realizada nos entre os dias 18 e 20 de outubro. Serão realizados workshops e o público vai poder contar com um show com atrações nacionais e internacionais na noite de sábado (19), no Teatro Alberto Maranhão, às 18 horas. O festival acontece pela segunda vez em Natal, se consagrando como um dos mais importantes eventos do segmento no país.

As apresentações e workshops ficarão por conta de bailarinas internacionais, como Heather Stants, coordenadora e coreógrafa da companhia Urban Tribal, dos Estados Unidos; Tjarda Van Straten, diretora do grupo The Uzumé, da Holanda e Marisu Parada, diretora do grupo Urban Lótus, do Chile. Também ministrarão os cursos e se apresentarão os bailarinos brasileiros Rodrigo Alves, de Brasília, e Rebeca Piñeiro, de São Paulo.

A noite de apresentações será dividida em duas partes com três horas de duração. Haverá uma mostra de bailarinos amadores e um Show de Gala com os bailarinos profissionais convidados. As grandes personalidades da noite, Heather Stants e Tjarda van Straten, são precursoras do Tribal Fusion e têm grande relevância na história do desenvolvimento do estilo. Ambas relacionam nos currículos workshops, oficinas e apresentações em diversos países e estão sendo esperadas com grande expectativa pela comunidade de dança tribal do país.

O evento é organizado e idealizado pela Companhia Shaman Tribal, que há oito anos trabalha e desenvolve o estilo Tribal Fusion em duas cidades: além de Natal, onde é coordenada por Cibelle Souza, o grupo atua também na cidade de Rio Claro, em São Paulo, coordenado por Paula Braz. O objetivo é promover a pesquisa, a capacitação entre profissionais e alunos e a difusão do estilo Tribal Fusion Dance (Dança Étnica Contemporânea). Serão 20 horas de aulas.

A programação completa e mais informações sobre o evento podem ser adquiridas pelo site: http://shamansfest.blogspot.com.br/

Entradas para a noite de shows poderão ser adquiridas no Estúdio Arte & Movimento localizado na Rua Humberto Monte, 1964, Capim Macio - Natal, RN, Brazil – Telefone 88816132 e no Pittsburg localizado na Av. Prudente de Morais – Telefone 40087000

Foto: Divulgação