quarta-feira, 26 de março de 2014

Exposição "Pessoas e Cores" de Valderedo Nunes será aberta nesta quinta-feira dia 27, no IFRN Cidade Alta

O Campus Cidade Alta do IFRN promove nesta quinta-feira (27), a partir das 19h, a vernissage da exposição “Pessoas e Cores” do artista plástico, Valderedo Nunes. A mostra estará aberta até o dia 21 de abril, das 9 às 20h, na Galeria de Artes do Campus.
Promovida pelos alunos do curso de Produção Cultural, Jonathan Francioli e Ana Cristina Souza, Pessoas e Cores se aproveita de uma ideia do ser humano em ação e emoção e de uma estética (cores fortes, verde e vermelho, tons diversos de marrom e ocre e pele humana) para criar um universo complexo e fascinante.
Artista plástico destaque em Natal e no Estado, Valderedo é popularmente conhecido como uma pessoa sempre educada, simpática e cordial, um artista que imprime à tela, a felicidade que sente ao pintá-las e isso se faz visível, em suas exposições.

SERVIÇO
Onde: Galeria de Arte do IFRN Cidade Alta
Quando: 27 de março à 21 de abril
Horário: das 09h às 20h
Informações: 4005-0959 (Galeria de Arte)

Foto: Tarcio Fontenele

segunda-feira, 24 de março de 2014

Todos querem o apoio de Carlos Eduardo

Da Redação do Potiguar Notícias

O fiel da balança. É assim que os dois lados já praticamente definidos para a disputa ao Governo e ao Senado veem o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT).
Nas últimas semanas intensificaram os assédios tanto da parte de Robinson Faria (PSD) e Fátima Bezerra (PT) quanto de Henrique Alves (PMDB) e Wilma de Faria (PSB), pré-candidatos ao Governo e Senado.
Sabe-se que existe uma afinidade para Carlos apoiar Henrique - de quem é primo - e Wilma (sua vice-prefeita). Mas, o fato é que o prefeito nem bateu o martelo e nem evita contatos e conversas com o outro lado, principalmente com Fátima, com quem tem afinidade e a quem já apoiou.
Há quem diga que o fator familiar pode pesar pelo apoio ao projeto PMDB-PSB. Contudo, observadores políticos raciocinam o oposto: Carlos construiu sua carreira sozinho, sem depender da família (apenas com o pai, Agnelo Alves). Portanto, se colocar a mercê dos projetos de Garibaldi e Henrique poderia ser um retrocesso. Com Robinson e Fátima, em caso de vitória, Carlos teria status de estrela política.
Também há quem lembre que o PMDB, ou parte dele,  trabalhou para derrotar Carlos três vezes: para prefeito em 2004, o PMDB ficou com Luiz Almir contra Carlos Eduardo; para governador, em 2010, o PMDB se dividiu contra Carlos Eduardo; Henrique ficou com Iberê e Garibaldi ficou com Rosalba e para prefeito em 2012, o PMDB familiar unido apoiou Hermano Morais contra Carlos Eduardo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Mauricio reafirma apoio a Fátima para o Senado

Cefas Carvalho

Aparentemente, o prefeito de Parnamirim Maurício Marques (PDT) não seguirá a tendência do prefeito de Natal e líder do PDT, Carlos Eduardo Alves, de apoiar a candidatura de Wilma de Faria (PSB) ao Senado. Maurício há muito tempo afirma seu compromisso com a candidatura de Fátima Bezerra (PT) ao Senado, alegando que a petista trabalha em prol de Parnamirim. 
Carlos havia declarado que a tendência do partido é apoiar as candidaturas de Henrique Alves (PMDB) ao Governo e Wilma de Faria (PSB) ao Senado. Para observadores políticos, Mauricio estaria criando uma dissidência no PDT. Vale registrar que Parnamirim é o terceiro maior colégio eleitoral do estado.

domingo, 16 de março de 2014

Maria Maria: Poeta seridoense fala sobre arte, erotismo e batalha (vencida) contra câncer

Cefas Carvalho

Poeta de forte teor erótico em sua obra, Maria José Gomes, que adotou o nome literário de Maria Maria, além dos versos, tem se destacando pela coragem com que vem lutando contra (e vencendo) um câncer de mama. Nasceu em Currais Novos, em 15 de outubro de 1966, Maria é  formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com pós-graduação em Literatura Luso-brasileira. Aos 14 anos, escreveu os seus primeiros poemas. Aos 16, o primeiro romance. Recebeu menção honrosa no Concurso de Poesia Othoniel Meneses promovido pela Fundação Capitania das Artes. Publicou contos e poemas na revista Papangu da cidade de Mossoró. Atualmente organiza os blogs literários Espartilho de Eme, Água de Chocalho e Flores do Seridó. Tem diversas obras como: O Despertar da crisálida (conto-novela) 2006, O Cheiro da origem (conto-novela) 2006, Contos de um Passado Perfeito (contos) 2009, Outônicas (poesia) 2011, O Beijo de Eros (poemas) 2012, Algodão e Sal (poesia) parceria com Antônio Francisco e Um sertanejo, Currais Novos e o tempo (historiografia). Confira e entrevista que ela concedeu ao PN:

Quais seus próximos projetos literários?
A minha produção é intensa, escrevo todos os dias, mesmo que apenas um verso, mas escrevo. Tenho, a curto prazo e em parceria com Adelson Filgueira, um dicionário de palavras utilizadas na linguagem do povo seridoense, com especial atenção aos falares dos currais-novenses. Chama-se ÔXE! Esse dicionário tem a finalidade de preservar os valores lingüísticos da região como bem intangível que servirá de subsídio para a produção artística de nosso povo. Além deste trabalho, na ponta da agulha, o livro de poemas Proposta de Chuva, uma seleção de poemas inéditos e o romance Na sétima curva do sol. Gostaria de receber apoio de alguma fundação potiguar para a publicação desse par poesia/prosa que espera ser lido.

Você é conhecida pela poesia erótica e libertária. Como surgiu essa nuance? Fale sobre o tema.
Concordo quando Adelia Prado diz que a beleza está em tudo, inclusive no feio. Sem dúvida, uma vez que “o feio” depende do olhar de quem vê ou lê. Assim acontece com a poesia Erótica ou Libertária. Há quem não enxergue beleza nesse gênero, mas, convenhamos, dá prazer fazer a leitura de um bom poema erótico. A criatividade, em poemas dessa leva, salta do papel e aguça a imaginação. O interessante é isso, é ver a multiplicação da idéia concreta no universo abstrato dos leitores. Mesmo que eu desejasse escrever poemas que fogem ao erótico eu não conseguiria, porque essa relação metafísica que há entre o eu lírico e o eu do poeta é nata, não há como fugir disso. Escrevo porque é vital escrever: é meu alimento, minha prece, meu corpo. Você me pergunta como surgiu essa nuance. Eu diria que já nasci com ela. Produzir poemas que falem de paixão, erotismo e sensibilidade é uma das tarefas mais agradáveis que conheço. A poesia que passeia pelos poemas nos ajuda a levitar e, acredito, esse é um dos seus objetivos, além é claro, de nos fazer mais humanos.

Você lutou contra (e venceu) um câncer de mama e teve coragem de se expor e falar sobre o tema. Relate essa experiência.
O câncer é uma doença preconceituosa. Desde sua descoberta até os dias de hoje é vista como uma patologia incurável, parece sentença de morte... todavia, com o avanço tecnológico e científico, o olhar sobre ele está mudando de configuração. O câncer é igual a outra doença, a questão é que ela assusta e isso acaba fazendo com que as pessoas se apavorem e não procurem o tratamento adequado, o que é lamentável, porque, se diagnosticado precocemente, tem cura sim. Eu descobri o câncer de mama em um exame de rotina. Fui à ginecologista, como costumo fazer anualmente, e durante o exame de apalpação descobrimos um nódulo. Depois disso, começamos a investigação e descobri que se tratava de um tumor maligno. Comecei o tratamento com 8 aplicações de quimioterapia, após essa fase, a cirurgia e agora estou concluindo as radioterapias. Ao final de tudo saí vencendo em vários sentidos: perdi o medo das coisas, aumentei a minha fé em Deus, descobri que sou mais forte do que imaginava, sinto-me bem disposta e feliz. Tudo é uma fase. A vida o é. O que vier para mim é sempre lucro, porque, na entrelinha está a aprendizagem. Vale a pena não ter medo de enfrentar, não só o câncer ou outra doença, mas enfrentar a vida.


Foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 13 de março de 2014

Dia da Poesia da SecultRN/FJA terá programação na Pinacoteca

Para essa sexta-feira , Dia da Poesia, dedicada ao poeta Moacy Cirne, falecido recentemente, a Secretaria Extraordinária de Cultura e a Fundação José Augusto, do Governo do Estado, planejam uma ampla programação,
A festa terá início às 9h com a intervenção urbana Pacote de Poesia, nos pontos de ônibus dos principais shoppings da cidade (Natal Shopping, Via Direta, Midway, Cidade Jardim e Norte Shopping). Agentes de Leitura da região Metropolitana distribuirão envelopes contendo poemas de autores potiguares.
Nos Jardins da Pinacoteca Potiguar, instituída a Praça da Poesia, Eduardo Alexandre, o Dunga, abre também pela manhã a Galeria do Povo, uma exposição colaborativa, produzida antes e durante o evento.
Haverá  bate-papo, às 17h, com as poetas Leila Míccolis e Clara de Góes, que conversarão sobre “poesia marginal” na mesa com Plínio Sanderson, Aluízio Mathias, João Batista Morais Neto (João da Rua) e Eduardo Alexandre.
No dia 14 de março, a Praça da Poesia (nos jardins da Pinacoteca), receberá dois presentes, o busto do poeta Othoniel Menezes, eternizado pela canção-poema Praiera, e a escultura-instalação Zila: corpo a corpo, concebida por Guaraci Gabriel e Civone Medeiros, que juntos homenageiam Zila Mamede, um dos mais expressivos nomes de poesia potiguar. Conhecida por suas performances e recitais, Civone brinda o público com o recital “Um amor para chamar de show”, às 19h.  Haverá ainda o lançamento do livro 15 Poetas do RN com os vencedores do Concurso Luis Carlos Guimarães de 2011.




Foto: Arquivo pessoal

Parnamirim terá Dia da Poesia no Beco do PIcado

Nesta sexta-feira (14), a partir das 17h, no Beco do Picado (ao lado do Mercado Antigo, no centro da cidade), a  Fundação Parnamirim de Cultura celebra o Dia Nacional da Poesia, com uma atividade que envolve poetas de Parnamirim e de outros municípios do RN em, um sarau interativo, que envolve poesia e música, sob a coordenação e animação de Isaque Galvão.
"É tudo muito espontâneo e sem convite pessoal como o poema que dispara livremente num guardanapo de papel. Puro improviso. A senha é gostar de poesia. A tarde é livre para os poetas", afirmou o presidente da Fundação, Haroldo Gomes.
O evento pretende reunir pessoas que gostam de poesia e poetas da cidade, e municípios vizinhos. Como a boa poesia, evento será rico em improviso e criatividade.
"Parente próxima da poesia, a boa música não faltará ao encontro e será representada pelo talento do cantor Isaque Galvão que animará essa tarde/noite", diz Haroldo.

Confira a programação da Funcarte para o Dia da Poesia em Natal

Para celebrar o Dia Nacional da Poesia, a Prefeitura Municipal de Natal, através da Fundação Cultural Capitania das Artes oferecerá o tradicional Café da manhã, Pão & Poesia, como de hábito com a presença de escritores da cidade e do ensaísta e poeta Eucanaã Ferraz. Na oportunidade o Prefeito Carlos Eduardo e o presidente da Funcarte Dácio Galvão recepcionará os convidados. Será uma manhã dedicada à poética brasileira que trará também em seu cardápio a seguinte programação: Assinatura pelo Prefeito Carlos Eduardo dos decretos que transfere da Secretaria de Esporte e Lazer para a Fundação Cultural Capitania das Artes os
Centros de Artes e Esportes Unificados – CEUs (Minc / PMN).
Os CEUs terão os seguintes patronos: CEU do bairro Lagoa Azul (Zona Norte) o poeta contemporâneo Moacy Cirne. CEU do bairro Felipe Camarão (Zona Oeste) o mestre da poética oral Manoel Marinheiro.
Lançamento do Edital Público de Premiações Literárias:
- Othoniel Menezes (Poesia)
- Câmara Cascudo (Ensaio Etnográfico)
- Moacy Cirne (Ensaio Literário)
* Lançamento do livro A Poesia e o Poema do Rio Grande do Norte.
(Reedição do Sebo Vermelho/ Prefeitura Municipal de Natal/ Projeto Nação
Potiguar).

MESAS LITERÁRIAS (Auditório Funcarte)
09h – Mesa 1: “A Poesia vista pelos olhos da Poesia”
(Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Waly
Salomão…) com Eucanaã Rogério Ferraz

10h – Mesa 2: Moacy Cirne : Da Crítica à Poesia Experimental
Mediação: Abimael Silva.

Palestrantes: Falves Silva, Anchieta Fernandes, Muirakitan de Macedo.
*Durante a manhã poética acontecerão Intervenções com o Grupo Para Eu
Parar de Me Doer (Alessandra Augusta e Thiago Medeiros) & as poetas
potiguares Michelle Ferret & Ananda Kryhsna, homenageando Moacy Cirne.

20h – Pocket Show com Silvério Pessoa: Canções, Poesia e Hibridismo
Cultural

Local: Pátio externo da Funcarte - entrada franca.

Sessão solene na Câmara homenageia Dia da Poesia nesta quinta dia 13

Na semana da poesia, por iniciativa do vereador Hugo Manso (PT) haverá homenagem ao dia Nacional da Poesia com uma sessão solene nesta quinta-feira dia 13, às 18h na Câmara Municipal de Natal. Diversos poetas e artistas de outros segmentos já confirmaram presenças. Na ocasião, se debaterá a poesia local e se fará homenagens a diversos poetas. "O Dia da Poesia já faz parte do calendário cultural de Natal e merece atenção dos poderes Executivo e Legislativo", afirma Hugo. Uma grande programação realizada por Governo do Estado, Prefeituras de Natal e Parnamirim e associações e entidades de artistas e militantes culturais será registrada nesta sexta-feira dia 14.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Teresa Freire fala sobre Bandeira Lilás, Movimento das Mulheres e Secretaria da Mulher de Natal

A coordenadora da ONG Bandeira Lilás, a psicóloga e militante pelos direitos das Mulheres, Teresa Freire, conversou com o jornalista José Pinto Júnior no programa Conexão Potiguar (Band) a respeito das atividades empreendidas pela ONG na cidade de Natal, sobre o manifesto em defesa da Secretaria Municipal das Mulheres e também sobre as atividades programadas para o dia 8 de Março.

Qual a missão da ONG feminista Bandeira Lilás?
A Bandeira lilás foi criada há mais de 10 anos, em Natal, por um grupo de mulheres que buscam de forma mais coletiva e organizada discutir as questões específicas relativas à situação da mulher na sociedade, desde a questão da autonomia, da violência, da desigualdade entre gêneros, passando pela qualificação das mesmas. Trabalhamos com a consciência, com a organização, com o debate político, contribuindo para que o movimento de mulheres cresça no Estado e no Brasil.

A ONG também participa de um movimento internacional.
Participamos da “Marcha Internacional das Mulheres”, movimento criado em 2000, presente em vários países, cada um apresentando sua demanda específica, com sua bandeira de luta. Posso destacar dois grandes eixos de combate da marcha: a pobreza e a violência.
De acordo com dados oficiais, entre as pessoas mais pobres do mundo, 70% são mulheres. A sociedade ainda é extremamente desigual e preconceituosa e as mulheres, apesar de terem uma grande sobrecarga de trabalho, ainda são inferiormente remuneradas.

Cerca de 52% dos eleitores no Brasil são mulheres. Ao observar a participação feminina no parlamento, notamos que apenas 10% dos legisladores são do sexo feminino. Por que há essa contradição?
Essa ainda é uma questão que precisa ser compreendida pela sociedade. As mulheres ficaram por muito tempo excluídas, sustentando o trabalho doméstico, são as mulheres que lavam, que engomam, que levam para a escola, que cuidam do pai, da mãe, dos vizinhos, que transmitem o afeto, a solidariedade humana, discutem a subjetividade. Tudo isso a impede de estar no mundo público, pois precisam de um aparato familiar e doméstico que não tem por que o Estado não promove. Por isso reivindicamos políticas públicas que supram essa necessidade, para que as mulheres possam exercer seu papel político, como muitas já exercem. Apesar de ter um número pequeno de representação no Congresso, na Assembleia e câmaras municipais, as mulheres estão em vários espaços, tentando inclusive implementar uma nova visão de mundo, que supera a desigualdade, a inferioridade e que respeite a mulher como humano.

Então a senhora tem uma visão otimista com relação a essa questão? Há em marcha alguma mudança?
Hoje, há uma inserção muito grande das mulheres no espaço público e a sociedade como um todo reconhece isso. Sem deixar de mencionar que as mulheres são muitas vezes, mais qualificadas que os homens, do ponto de vista da escolaridade. Quando ela comanda, organiza, coordena ou lidera uma empresa ou um movimento, observamos que o resultado é bem superior, por incorporar a subjetividade humana, as questões especificas do humano e também as tecnologias.

Do que trata o manifesto em defesa da Secretaria Municipal das Mulheres?   
A reforma administrativa do prefeito Carlos Eduardo desejava extinguir a Secretaria das Mulheres, nós estranhamos a decisão uma vez que ele sempre se colocou como um prefeito que atende as reivindicações da cidade. Durante a campanha se comprometeu, inclusive, em ajudar a qualificar a marcha, ou seja, dar condições para que a secretaria tivesse mais autonomia, e tivesse uma equipe mais qualificada.
Diante disso o movimento se reuniu com os mandatos populares de deputados e vereadores que apoiam a causa, entidades do movimento estudantil e social para tirarmos uma posição coletiva e com ela nos encaminharmos até o prefeito e sociedade para dizer porque é importante ter uma secretaria das mulheres (A entrevista foi realizada no dia 6 de março. Nesta segunda dia 10, o prefeito Carlos declarou que vai manter a Secretaria das Mulheres)

E por que é importante ter uma Secretaria das Mulheres?
A cada 15 segundos, uma mulher é violentada dentro do seu lar, e um dos eixos da marcha mundial das mulheres é exatamente o de combater a violência. No governo federal existe um pacto de enfrentamento da violência através da secretaria nacional, o Rio Grande do Norte se comprometeu com o pacto, mas sem a Secretaria Municipal de Mulheres como isso será discutido e encaminhado?

Fechar a Secretaria seria perder um ente federativo fazendo essa conexão com a política nacional de combate a violência?
Exatamente, sem a Secretaria Municipal não é possível estabelecer convênio com a Secretaria Nacional. E foi isso que dissemos ao prefeito, na presença da deputada federal Fátima Bezerra e do vereador Hugo Manso, dentre outros representantes do movimento. O prefeito ficou de avaliar para então discutir novamente conosco a reorganização da Secretaria.


Foto: Bethise Cabral

Para Delegada Karen Cristina combate à violência contra a Mulher se faz com informação e conscientização

Cefas Carvalho e Julia Almeida

Para a delegada Karen Cristina Lopes, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Sul de Natal é necessário conscientização ainda nas escolas sobre a violência contra a mulher. "O trabalho de conscientização tem que ser efetivado, desde os primeiros anos na escola. Tornar aquilo que até pouco tempo atrás era tido como "educação para mulheres" em algo INACEITÁVEL. Por isso, acredito que seja uma mudança lenta e gradual, mas que deve ser feito para as gerações futuras e também para retirar o máximo de mulheres dessa condição imediatamente", afirma.
Em relação à  Lei Maria da Penha, a delegada registra que "ela trouxe importantes mecanismos de combate à violência doméstica contra a mulher, como, por exemplo, as Medidas Protetivas de Urgência. Quando deferidas judicialmente, elas determinam que o agressor saia de casa, permaneça distante da vítima e proíbe qualquer contato com ela. Tais medidas são fundamentais para aquelas mulheres que sofrem com a violência doméstica, fazendo com que cessem imediatamente as condutas criminais do agressor contra a vítima, uma vez que ele perde o contato físico com a mesma. O que se observa, na prática, é um resultado muito positivo, pois na maioria dos casos, o agressor realmente cumpre tais determinações. E naqueles casos em que não cumpre, o juiz pode decretar a prisão preventiva do agressor", explica.

DESAFIOS

Para a delegada Karen, atualmente, o principal desafio "diz respeito ao  Decreto de atribuições das DEAMs, que é do ano de 2003, ou seja, anterior à Lei Maria da Penha. Em Natal, há um Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, uma Promotoria especializada também em Violência Doméstica, no entanto, a Delegacia continua com atribuição genérica, tendo que atender todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, o que nos confere uma sobrecarga de trabalho imensa. Para exemplificar, se ocorre uma briga entre vizinhas no Bairro Neópolis, a atribuição investigativa é da DEAM/ZS, que fica localizada no Bairro Ribeira. Tal crime não configura violência de gênero e pode ser resolvido, de forma mais célere e eficaz, pela delegacia do bairro onde as vizinhas moram, deixando a DEAM menos sobrecarregada. Por certo que seria melhor que houvesse mais DEAMs em Natal e no Estado do Rio Grande do Norte, mas esse é um problema estrutural que não se resolverá a curto ou médio prazo, como é de conhecimento geral. Precisamos de uma resposta para agora, de algo concreto que faça melhorar o atendimento àquelas vítimas que realmente necessitam de um atendimento especializado, como é o caso das vítimas de violência doméstica. Tal Decreto é modificado por um simples ato da Governadora e é uma resposta imediata aos nossos problemas mais graves", diz.
Outro desafio é fazer as mulheres denunciarem a violência sofrida, pois atualmente as DEAMs trabalham com subnotificações. "Isso se faz com INFORMAÇÃO", assinala Karen. "Somente o "conhecimento liberta" e essas mulheres precisam conhecer todos os seus direitos de forma ampla e abrangente para entender a situação e conseguir lidar com ela da melhor maneira. Por isso, somente o atendimento numa Delegacia não é suficiente. As mulheres vítimas de violência doméstica precisam de um atendimento multidisciplinar, com assistentes sociais, psicólogos, médicos, advogados, etc. Encaminhamento e inserção no mercado de trabalho, dentre outros", sentencia.

SOBRE AS DEAMS

Em 2013, a DEAM/ZS (com circunscrição nas zonas sul, leste e oeste de Natal), registrou cerca de 2.200 (dois mil e duzentos) Boletins de Ocorrência; instaurou 634 (seiscentos e trinta e quatro) Inquéritos Policiais e; lavrou 225 (duzentos e vinte e cinco) Termos Circunstanciados de Ocorrência. Em 2014, já foram registrados mais de 400 (quatrocentos) Boletins de Ocorrência e instaurados 145 (cento e quarenta e cinco) Inquéritos Policiais. Em Natal, existem duas DEAMs em funcionamento,  a DEAM da Zona Norte, Fone: 3232-5468/3232-5469 e DEAM da Zona Sul, Fone: 3232-2526.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Valéria Oliveira fará show no Parque das Dunas no Dia da Mulher

Na data em que é comemorado mundialmente o dia de lutas e conquistas pelos direitos da mulher, 8 de março, a cantora e compositora potiguar, Valéria Oliveira, sobe ao palco para presentear o público natalense com uma grande apresentação. O show de Valéria abre a turnê de apresentações do espetáculo "Em águas claras" com uma homenagem ao Dia da Mulher. O show começa a partir das 16h, no Anfiteatro do Parque das Dunas.
O show “Em águas Claras” traz uma homenagem de Valéria Oliveira a Clara Nunes, dona de uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira. Para chegar ao formato do espetáculo, Valéria começou sua pesquisa em 2008 e a partir de uma série de shows iniciada em 2011, surgiu o disco em homenagem a mineira.
Lançado em 2013, no ano em Clara completou 30 anos de sua precoce saída de cena, o cd “Em águas Claras” resgata pérolas do repertório e músicas gravadas no início de carreira artística, que não fizeram sucesso entre o grande público, mas que hoje já se tornam familiares aos potiguares.
São joias sonoras que ganham interpretações personalíssimas na voz e na emoção de Valéria Oliveira como “Casinha Pequenina” (domínio público), “À Flor da Pele” (Clara Nunes, Maurício Tapajós e Paulo Cezar Pinheiro) e “Alvoroço no Sertão” (Aldair Soares e Raymundo Evangelista). "Clara sempre cantou a natureza e, com certeza, nesta tarde do dia 08, a natureza estará em comunhão com as lembranças de uma grande mulher brasileira e sua obra", afirma Valéria.
O show do dia 8 conta com o patrocínio Unimed Natal e da Prefeitura do Natal por meio da Lei Djalma Maranhão e tem direção musical de Jubileu Filho (violão, trompete e vocal). Valéria será acompanhada ainda pelo carismático Del do Pandeiro (pandeiro e vocal), Kelliney Silva (percussão e vocal), Aluízio Pisão (percussão), Alexandre Moreira (violão e bandolim) e Raphael Almeida (cavaquinho e bandolim). No backing vocal, o animado Alexandre Piter e estreando no projeto, a cantora Michelle Lima.

SERVIÇO
Evento: Show “Em águas Claras”, uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Data: 8 de março , sábado, a partir das 16h.
Local: Anfiteatro do Parque das Dunas
A entrada no Parque das Dunas custa R$ 1,00 e o show é GRATUITO.

Foto: Divulgação