segunda-feira, 29 de julho de 2013

Hugo Manso: "É preciso transparência e o controle financeiro da prefeitura no transporte público em Natal"

Marina Cardoso

Há pelo menos dois meses as manifestações populares são temas recorrentes na sociedade. A intitulada “Revolta do Busão” vem realizando atos frequentes na capital potiguar, trazendo pautas que defendem a melhoria do transporte público.
No último dia 18, quando os manifestantes ocuparam a Câmara Municipal de Natal, protestando pela ampliação do prazo para as discussões, redução da tarifa de ônibus para R$ 2,00 e a realização de uma auditoria externa e pública no Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros (Seturn). O vereador Hugo Manso foi um dos parlamentares que acompanharam de perto o desfecho do ato.
Em entrevista à reportagem do Potiguar Notícias, o vereador falou um pouco sobre sua visão frente aos protestos e sugeriu mudanças para o transporte coletivo.
Hugo acredita que houve uma mudança de percepção na sociedade em relação ao transporte coletivo. Os usuários já não mais o admitem como um serviço pago por ele (naquele momento) e sim, que este passe a ser um serviço público assegurado para todos como um direito, tendo em vista que o deslocamento é algo necessário para qualquer atividade.
Para Hugo, a percepção hoje é que devemos ter um serviço de transporte coletivo da mesma maneira que temos escolas, saúde e segurança. “Algo que seja pago, mas pela sociedade. Ninguém questiona os gastos com a universidade federal porque é algo necessário, assim como os hospitais etc.”. E é com esse olhar que os parlamentares devem debruçar suas atividades quanto ao assunto da mobilidade urbana.
Ele explica que a proposta do Passe Livre (defendida pelos manifestantes) inverteria a lógica das concessões, que dá ao empresário uma autorização do poder público para explorar uma determinada linha. “Com o passe livre, o pagamento desse serviço não seria feito individualmente e sim de uma só vez pelo poder publico, através dos impostos que a gente paga”, explica.
Ainda assim essa mudança não ocorrerá do dia para a noite, afirma Hugo. “Ainda vamos conviver com esses empresários por algum tempo”. No entanto, ele enfatiza a necessidade de conviver com regras mais claras, política e tecnicamente, para que a tarifa seja o mais justa possível e a partir disso, se possa trabalhar para reduzi-la aos poucos.
Como viabilizar? - Durante a entrevista, o vereador apontou diversas alternativas para viabilizar as reivindicações da sociedade: “Nós precisamos sair do quadrado e olhar para o sistema de uma maneira mais articulada e estudar novas possibilidades”, disse.
Uma das alternativas encontradas por ele seria a publicidade nos ônibus. Atualmente os outdoors não aparecem no cálculo da planilha apresentada pelos empresários, mas poderiam ser uma fonte nova para o sistema. “Nós queremos que apareça. Quanto custa por mês uma publicidade na traseira de um ônibus? Para onde vai esse dinheiro? Para o dono do ônibus, apenas? Eu acho que esse valor deveria ser dividido entre o empresário e o sistema. Além disso, as paradas de ônibus poderiam ter minioutdoors”, sugere Hugo.
O vereador recomenda ainda que o cálculo da planilha (que é feito pelas empresas atualmente) deveria passar pelo controle do estado. “Não se pode admitir que o óleo diesel tenha o mesmo valor do comercializado nas bombas dos postos de combustível. São mais de mil ônibus abastecidos, então o diesel pode ser comprado mais barato e isso vale para outros itens como pneus etc.”, afirma.
A tese defendida por ele é que haja transparência e o controle financeiro da prefeitura: “A prefeitura deveria vender os passes, ficar com o dinheiro e remunerar as empresas de acordo com o quilometro rodado, inverter a lógica”. Ou seja, ao invés da empresa de transporte coletivo ir às ruas arrecadar, depois fazer um resumo e apresentar para a prefeitura, a empresa iria para a rua prestar o serviço e depois se apresentaria à prefeitura para cobrar pelo serviço.
Com essas mudanças, o vereador garante que dentro de alguns anos teríamos uma tendência na redução das tarifas. No entanto, Hugo enfatiza que uma cidade sozinha não conseguirá isso. “Nós temos que ter consórcios envolvendo Natal, Parnamirim, São Gonçalo, Macaiba, Extremoz... O governo do Estado teria que ser parceiro, pois isso implica em mais de 40% da população do RN e o governo Federal precisaria investir na CBTU”, afirma.
Hugo ainda fez críticas à obra que o governo do Estado pretende fazer na Roberto Freire. “Uma obra caríssima e absolutamente desnecessária”, afirma. Ele sugere que o montante destinado à intervenção de uma área de não mais que 4 km da cidade poderia ser utilizado para revolucionar toda a malha viária de Natal e Região Metropolitana como pequenas obras que desafogassem o trânsito, melhorando a mobilidade e dando mais agilidade. Ele garante que essas mudanças de trânsito e fluxo podem reduzir custos e aliando essa eficiência do sistema com a presença do governo (municipal, estadual ou federal), o sistema de transporte público poderia ser assimilado ao sistema de educação, saúde e segurança.


Foto: Hosangela Oliveira

Senador Cristovam Buarque estará em Natal nesta terça, dia 30


O senador pelo PDT, Cristovam Buarque estará em Natal amanhã, terça-feira, dia 30, para defender suas ideias de como deve ser encarada a educação no Brasil. O evento é aberto ao público, será na Assembleia Legislativa, a partir das 19h30, e faz parte do Seminário Verde, uma proposta do Diretório Estadual do Partido Verde do RN, em parceria com a Fundação Verde Herbert Daniel. Conhecido por defender que se priorize a Educação, Cristovam é formado em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal de Pernambuco, sua terra natal. Já na época de estudante começou a se envolver com política estudantil, tendo sido militante da Ação Popular, um grupo ligado à Igreja Progressista de Esquerda. Após o golpe militar de 1964, devido às perseguições da ditadura, decidiu por um autoexílio na França, onde obteve o doutorado em Economia pela Universidade de Sorbonne (Paris). Trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) entre 1973 e 1979, tendo ocupado postos no Equador, em Honduras e nos Estados Unidos. Foi reitor da Universidade de Brasília, o primeiro a ser escolhido através de eleição direta. Governou também o Distrito Federal e foi ministro da educação (2003 e 2004). Também foi consultor de diversos organismos nacionais e internacionais no âmbito da ONU. Presidiu o Conselho da Universidade para a Paz da ONU e participou da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida por sociólogo Herbert de Souza. Buarque também é membro do Instituto de Educação da Unesco. Criou a ONG Missão Criança, que patrocina um programa de bolsa-escola para mais de mil famílias, com recursos oriundos da iniciativa privada. Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura de 1995, na categoria Ciências Humanas.

Foto: Divulgação

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Roberto Peixe falará sobre Sistema Nacional de Cultura no TAM neste sábado dia 27

O idealizador do Sistema Nacional de Cultura, João Roberto Peixe, ministra a palestra Do Sonho à Realidade – O Sistema Nacional e o Município, neste sábado, 27, dentro da programação do seminário Plano Estadual de Cultura, que começa às 8h, no Teatro Alberto Maranhão. Na programação do evento, aberto a quem se interessar pelas ações culturais que deverão ser implementadas no Rio Grande do Norte, consta palestra de Josenilton Tavares e Daniele Britto, que falam sobre o processo de elaboração do texto-base do Plano.
A Secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, aguarda a presença de conselheiros de cultura, que participaram da elaboração do texto-base, de integrantes das classes artísticas, e de todas as pessoas que se preocupam com os rumos da cultura potiguar. “Sábado é dia de referendar o Plano Estadual de Cultura. Venha ao TAM pela manhã. Vamos ouvir Roberto Peixe sobre o Sistema Nacional e o município”, convida.
O Plano Estadual de Cultura é uma proposta elaborada por muitas mãos, ao longo de 14 reuniões municipais, nove conferências regionais, quatro fóruns territoriais, com a participação de 1.500 pessoas de 140 municípios. Por 45 dias, ficou disponível na página oficial da Secretaria Extraordinária de Cultura para consulta pública. Segundo Josenilton Tavares, que participou intensamente do processo de construção, trata-se de um mecanismo extremamente importante, que tem por objetivo sistematizar as ações culturais para os próximos dez anos. “Quando for aprovado na Assembleia Legislativa, os gestores culturais planejarão as atividades culturais com base no que foi decidido para o Plano”, explica.
O texto do Plano Estadual de Cultura é dividido em cinco capítulos. No capitulo primeiro, trata da gestão e do fomento e contempla desde a implementação de um turismo cultural sustentável, a ações didáticas a serem implantadas no currículo escolar; no segundo capítulo, sobre diversidades, estão sugeridas ações para atender comunidades dos municípios carentes, assentamentos, comunidades rurais, indígenas, ciganas e quilombolas; o terceiro capítulo trata do acesso à população aos bens culturais, ampliando a acessibilidade propriamente dita, e cuidando para que os equipamentos culturais recebam seu devido tratamento, em termos de difusão e manutenção.
No quarto capítulo, é sugerida a participação da população em geral e das classes artísticas nos conselhos de cultura e fundo estadual, garantindo a ampliação da democracia nos meios culturais. O quinto capítulo do Plano dispõe sobre as políticas setoriais, contemplando de maneira igualitária ações para as áreas de teatro, música, dança, circo, audiovisual, artes visuais, literatura e patrimônio cultural. Como se trata de um Plano Estadual, as ações e metas visam a descentralização das ações e utilização de equipamentos culturais existentes em diversos municípios, como as Casas de Cultura, teatros, auditórios e logradouros públicos.
   
SERVIÇO
Seminário Plano Estadual de Cultura – com Roberto Peixe. Quando: 27 de julho. Horário: 8h. Local: Teatro Alberto Maranhão. Tel.: (84) 3222-3669. Aberto ao público.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Viva L´opera levará canto lírico ao TAM na quarta-feira dia 24



Uma cantora com longa estrada em palcos internacionais e duas professoras de canto lírico da UFRN são as “divas” que vão conduzir o espetáculo Viva L’opera. Uma noite especial no Teatro Alberto Maranhão regada à música erudita. Será quarta-feira, dia 24 às 20 horas. Além das cantoras soprano Alzeny Nelo, Angela Maria e Nazaré Rocha, participam ainda os pianistas Marluze Romano, Guilherme Rodrigues e Igara Cabral, os bailarinos Arcanjo Diego, Júlia Vasques e Thazio Menezes,  e também o coral In Versão Vocal e a Camerata de Vozes do Rio Grande do Norte. Os ingressos podem ser adquiridos diretamente com os coralistas da Camerata de Vozes ao preço promocional de R$10 até o dia 22.  
Viva L’opera é uma produção e realização da Camerata de Vozes do Rio Grande do Norte, coral regido pelo Pe. Pedro Ferreira. Serão executadas árias de óperas consagradas como Carmen e La Boheme. A Camerata se prepara para uma série de apresentações na Holanda e Alemanha em setembro deste ano, onde levará para a Europa a cultura musical do RN através do trabalho de canto coral desenvolvido pelo grupo. Toda a renda gerada com o show Viva L’opera será revertida para a causa.
Participam da Camerata de Vozes do Rio Grande do Norte 35 cantores entre profissionais e amadores, entre eles as sopranos Alzeny e Angela – duas das três vozes do Viva L’opera. A camerata recebe preparação vocal da soprano Alzeny Nelo e direção musical e regência de Pedro Ferreira. Atuando há pouco mais de dois anos, a Camerata  coleciona apresentações importantes, entre elas a participação no 18º Festival Unicanto de Corais no Paraná em outubro de 2012.

Serviço:
Espetáculo de música erudita Viva L’opera
Quarta-feira, 24 de julho às 20 horas
Teatro Alberto Maranhão
Ingressos a preço promocional R$10 (meia) diretamente com os coralistas da Camerata de Vozes do RN
Informações – 8805-6686,  9666-2474, 8728-2476, 9431-3359

(Informações e foto da assessoria de comunicação do espetáculo)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Desenhista do Super Homem lança trabalho em Natal


Rômulo Estanrley
 
Para os fãs de quadrinhos de super-heróis nos anos 1970 e 1980, o maior sonho era ser desenhista dos seus personagens prediletos, sejam da DC Comics ou Marvel. Passados mais de trinta anos, esse sonho já se tornou realidade para alguns, pois mais de cinquenta artistas brasileiros desenham para as majors norte-americanas da nona arte. E um deles esteve em Natal, dias atrás.
Trata-se de Eddie Barrows (ou Eduardo Barros), desenhista do Super-Homem, Asa Noturna, Jovens Titãs e exclusivo da DC Comics. Ele esteve em Natal, nos dias 5 e 6 de julho, no evento HQ Zone, no Praia Shopping, na estrada de Ponta Negra, para lançar o seu sketch book, que soma seus 9 anos de DC Comics (seu contrato foi renovado até 2015) e vender artes originais autografadas. Além dele marcaram presença os potiguares Gabriel Andrade Jr. (Aliens, Die Hard, Lady Death, Ferals) e Wendell Cavalcanti (The Adventures of Paula Peril, The Undertaker´s daughter, O Duque, Cajun, BlackAcre), e o cearense radicado em Natal, Geraldo Borges (Mulher-Maravilha, Liga da Justiça, Tropa dos Lanternas Verdes, Asa Noturna). O evento se encerrará nesta segunda-feira, dia 15.
Barrows, que é natural de Belém/PA e morador de Belo Horizonte (MG), ministrou uma palestra sobre a montagem de um portfólio bem elaborado, que segundo ele, chama a atenção dos editores. Para isso, é necessária uma história curta de cinco ou seis páginas que mostre todo o potencial do artista, artes de capas e pin-ups. O intuito foi mostrar “porque em sua vida só fez seis páginas de testes”, brincou.
Antes, o artista participou de uma mesa redonda com os colegas do RN. Indagado sobre como conquistou a vaga de desenhista do primeiro dos super-heróis, Eddie Barrows disse que o artista precisa construir sua carreira, “sentado no corredor, e não sentado numa janela”. Mencionou que, na DC Comics, os Titãs projetaram-no para frente, que por consequência o levou ao Super-Homem.
Sobre quantas páginas desenha por mês, Barrows respondeu com bom humor: “Depende do desespero!”. Mas revelou que já chegou a desenhar quatro páginas em dois dias.
Barrows acredita que a nona arte brasileira terá uma indústria sólida no futuro, pois sempre que participa em eventos vê novos artistas lançando suas revistas – de boa qualidade – e muitos leitores jovens. “O Brasil é o terceiro maior consumidor de quadrinhos do mundo”, afirmou, mencionando que a Mônica Jovem é o quadrinho que mais vende no mundo, inclusive superando os super-heróis.
Talentos – desenhistas e escritores –, o Brasil tem de sobra, diz Barrows. “O que falta são editores e empresários do mundo da literatura que tenham essa visão. Além disso, não existe uma lei de incentivo à leitura”.
O HQ Zone é uma promoção do Praia Shopping, PortalGHQ e o Quadrinhos – estúdio e escola de desenho.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Exposição de fotografias mostra rostos reais na Funcarte em agosto


As fotógrafas Ângela Almeida, Carla Belke, Rhovani Bezerra, Silvia Batistuzzo, Simone Sodré e o fotógrafo Hugo Macedo, todos participantes do Grupo de Estudos Fotográficos 50 milímetros (G50) e do Movimento Alumiar, lançam no dia 1º de agosto, às 19h, na Fundação Capitania das Artes, a exposição “Um rosto real nunca é suave”, com a curadoria do premiado fotógrafo Nuno Rama.

“Sou uma espécie de interventor, um facilitador”, revelou Nuno Rama, explicando que o G50 surgiu inspirado na necessidade de realizar um trabalho voltado para as questões sociais, principalmente das mulheres e o trabalho infantil. Nuno deu forma e contexto ao grupo. “As fotos são fortes e dão a marca do G50”, revelou uma das expositoras, Carla Belke, lembrando que a exposição é acessível a deficientes visuais. 

“O Movimento Alumiar, onde o Grupo G50 está incluso, é anárquico e discute a anarquia na ordem. Vai de encontro à imagem e move-se em favor da fotografia pretendendo quebrar alguns paradigmas. Os expositores ousam e não sentem inibição, entrando bem dentro do conceito do Movimento Alumiar para criar uma discussão no campo da fotografia onde já existem debates com pessoas presas em conceitos”, explicou Nuno Rama. “Alumiar surgiu no meio do mato, na Pedra da Boca, interior do estado”, sorriu o curador, acrescentando que o movimento propaga valores, não tem dono e a sede é no meio do mundo.


Bossa, jazz e blues

Serão expostas 25 fotos em tamanhos variados, que vão de 40x60 até a 100x140, em impressão de alta qualidade e no coquetel de abertura um trio de músicos consagrados, composto por Paulo Sarkis (baixo), Neemias Lopes (saxofone) e Sílvio Franco (guitarra), darão o tom da exposição tocando bossa nova, jazz e blues.



Serviço

Exposição fotográfica “Um rosto real nunca é suave”

Dia 1º de agosto de 2013

Fundação Capitania das Artes / Natal

Às 19h

Imagem: Foto de Simone Sodré