Os estudantes de Natal foram impedidos de entrar na Câmara e a situação se complicou um pouco. No entanto, ao fazer a cobertura da sessão eu observei que o senhor junto com outros vereadores estavam recebendo os estudantes que estavam pleiteando melhorias no transporte público e redução da tarifa.
É a terceira vez que a gente recebe o pessoal dos movimentos sociais na nossa sala. Eles fizeram suas reivindicações e pediram a mim para eu recebê-los. Foram muito bem recebidos, ouve diálogo e convidamos para que posteriormente eles também participem de debates com o Governo do Estado e Ministério Público, que nós formaríamos uma comissão para acompanhá-los.
É muito complicado criminalizar esses movimentos...
A maioria são pessoas que estão brigando pelos seus direitos. Mas, nós sabemos separar os vândalos que estão infiltrados no movimento.
Falando de eleição, a eleição da presidência da Câmara pode ser antecipada. Como está o andamento dessa antecipação?
A nossa Lei Orgânica prevê a eleição em qualquer época. Eu já sou presidente pela terceira vez. Consequentemente assumi seis anos de mandato. Eu já tenho 56 anos e acho que quando está muito tempo no poder é ruim. É sempre bom que o cargo seja rotativo e eu acho que já dei minha contribuição e comuniquei aos meus colegas que não seria mais candidato. No Outro dia, foi deflagrada a antecipação da eleição e os nomes surgiram.
O nome mais forte é o de Ricardo Gurgel?
Isso. Ele foi o primeiro a jogar o nome para a eleição.
Os outros nomes?
Eu não sei quem são, mas o meu candidato é Ricardo Gurgel.
Já tem alguma data marcada para a formação das chapas e da eleição?
Não. Quanto a isso, o plenário é quem decide. Nenhum vereador, nem a mesa pode decidir sozinho.
Essa gestão atual está com 18 vereadores, ao invés dos 12 das legislaturas passadas. Como é que o sr. observa essa dinâmica?
Com doze vereadores fica mais fácil de se administrar. Com os 18 atuais, fica um pouco mais difícil porque são mais seis vereadores. Há uma dificuldade maior.
Como o senhor avalia esse ano administrativo de 2013? Sendo um ano ímpar, nós sabemos que há um certo descanso, ao contrário dos anos pares, quando as eleições acabam tumultuando um pouco o serviço.
Eu não tinha observado esse detalhe. Afinal, eu não sou candidato e ainda não vejo nenhum nome para candidato. O ano foi bom, a Câmara produziu bastante, tivemos um bom número de projetos aprovados; audiências públicas que trataram de temas bem relevantes para Parnamirim, como a segurança pública, a questão do aeroporto, sobre os futuros viadutos de Nova Parnamirim e da correção do viaduto. Nossa briga agora é para que as obras do prolongamento da Prudente de Morais sejam aceleradas, porque irá beneficiar o trânsito de Parnamirim.
2014 já se aproxima. O senhor já tem a sua chapa?
Para 2014 eu só tenho para deputado estadual, que eu votarei em Agnelo Alves. O restante ainda irei conversar.
Já tem algum nome sendo especulado? Já se fala de Fátima Bezerra para o Senado.
Eu estou aguardando até que ela decida se será candidata a deputada federal ou senadora, mas eu irei apoiá-la com certeza.
Em Parnamirim muito se fala que, gostando ou não do PT, de fato ela consegue muitos recursos para o município.
Eu acho que a ideia é essa. Hoje a ideia de partido e ideologia já não existe mais. Nós temos que pensar no deputado que trabalhe para Parnamirim. E a Fátima é uma pessoa ativa aqui. Eu acredito que não só eu, mas a maioria dos vereadores irá apoiá-la.
A Câmara de Parnamirim tem um site?
Isso mesmo. Temos um site, nossas sessões são transmitidas por duas fms. Temos 2 emissoras, o Portal da Transparência. Tudo à disposição da população. Além disso, as sessões da Câmara Municipal são abertas a população, nas segundas, terças e quartas, a partir das 17h30. E a nossa última parceria foi com a TV Metropolitana.
Foto: Hosângela Oliveira
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