segunda-feira, 22 de abril de 2013

Posição de Wilma em 2014 dependem dos planos de Eduardo Campos

Cefas Carvalho

Eduardo Campos. Ex-governador de Pernambuco, líder maior do PSB nacional, neto do lendário Miguel Arraes. Quer ser candidato a presidente da República em 2014 e vem trabalhando para isso, tanto politicamente quanto em termos de mídia. Pouca gente sabe, mas ele pode alterar significativamente a eleição para o Governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2014.
A explicação é simples: se Campos realmente for candidato a presidente, a líder estadual do PSB, Wilma de Faria terá de repensar sua estratégia política para 2014. Afinal de contas, mesmo com ela afirmando que deverá ser candidata a deputada federal no ano que vem, aliados e correligionários acreditam que as circunstâncias políticas podem fazê-la favorita ao Governo do Estado.
A idéia é plausível. Wilma teria grandes chances de ter “terreno livre” pela frente. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) pode não ser candidata, e, se sair, tem altos índices de desaprovação e rejeição; Robinson Faria (PMN) tem limitado capital de votos; João Maia (PR) parece ter desistido do sonho de ser governador; Carlos Eduardo Alves (PDT) não teria porque deixar de ser prefeito de Natal; Fátima Bezerra (PT) teria votação limitada fora da RMN e sonha mesmo é com o Senado.
Adversários de peso para Wilma seriam justamente os dois para quem ela perdeu em 2010, senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves (PMDB), que dificilmente sairiam do “céu” do Senado para tentar o Governo. O terceiro adversário de peso seria Henrique Eduardo Alves (PMD­B), que também dificilmente “abandonaria” a presidência da Câmara Federal para se dedicar a uma desgastante campanha em que poderia não obter êxito.
Com tantas facilidades, a dificuldade para Wilma viria justamente de Eduardo Campos.
Com uma possível candidatura a presidente, a “Guer­reira” automaticamente perderia qualquer possibilidade de apoio do Governo Federal, que em caso de não-candidatura de Campos, ela poderia ter. Mais que isso: Wilma sendo candidata e tendo que armar o palanque de Campos no RN, se disassociaria de Dilma Rousseff, que tem altos índices de aprovação popular. Em suma, Campos inviabilizaria uma eleição de Wilma de Faria para o Governo.
O sonho de Wilma seria Eduardo Campos desistir de disputar a presidência e o Governo Federal ver nela a candidata ideal para derrotar Rosalba ou um candidato do sempre ambíguo PMDB. Na hipótese de Eduardo não ser candidato a presidente e Wilma aferir que as pesquisas lhe dão vantagem sobre os demais candidatos,  a Guerreira sairá candidata.

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