segunda-feira, 8 de abril de 2013

Marco Feliciano pode desgastar Henrique

Cefas Carvalho e
Riane Brito


Após realizar antigo sonho de ser presidente da Câmara Federal,  Henrique Eduardo Alves (PMDB), mal assumiu e descobriu que já tem um “abacaxi” político inesperado para descascar. Esse abacaxi atende pelo nome de Marco Feliciano. Pastor e deputado do PSC, Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos há algumas semanas. E, acusado de homofobia, racismo e misoginia, tem atraído manifestações e movimentos reais e virtuais contra sua manutenção no cargo.
Muitos deputados avaliam que o conflito envolvendo Feliciano está trazendo desgaste para a Câmara. Entre esses, Henrique. Na semana passa, o presidente se reuniu com o presidente do PSC Artur Moura para que o partido “arranjasse uma solução para o problema”. O PSC apoiou Feliciano, que proibiu a entrada de manifestantes da Comissão de Direitos Humanos, o que irritou Henrique. “Uma exceção não pode se tornar regra na Casa. Não se pode impedir a presença das pessoas na casa do povo brasileiro. Não concordarei com isso”, disse o presidente da Câmara. “Também quero registrar que os que vêm aqui se manifestar têm que manter o espírito democrático, respeitar os trabalhos. Ações provocam reações”, falou Henrique ao jornal O Globo.
Certo de como presidente da CDH ir à Bolivia para ver a situação dos corinthianos presos no país, Feliciano teve a viagem abortada por Henrique. A decisão pelo cancelamento da viagem foi tomada após uma conversa por telefone entre Feliciano e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na manhã da quinta, 4.
Aliados de Henrique registram que a sequência de polêmicas tem arranhado a imagem da Câmara justamente no momento em que Henrique assume a presidência e tinha um projeto para resgatar a credibilidade do Legislativo. Na sexta, Feliciano disse em entrevista que admirava Henrique e queria seguir os passos dele. O medo de Henrique é que Feliciano “cole” nele a rejeição que está experimentando.

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