segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Elienai Cartaxo: "Consegui dar visibilidade às ações do PMDB em Parnamirim"

A vereadora por Parnamirim Elienai Cartaxo (PMDB) foi entrevistada pelos jornalistas Cefas Carvalho e José Pinto Junior para o programa No Alpendre do PN, parceria do jornal Potiguar Notícias com a 87.7 FM. Na ocasião, Elienai falou sobre seu mandato, Câmara e PMDB. Confira:

Qual sua expectativa em relação ao ano parlamentar e ao seu mandato?
A minha expectativa é de muito trabalho. O trabalho sempre me acompanha em todas as atividades. Sou professora de formação, acostumada a trabalhar muito. Aposentei-me e decidi me dedicar à vida política de nossa cidade. Vida essa que levo desde que comecei a votar, aos trabalhos na educação e em outro momento na assessoria do governo Agnelo Alves. Foi daí que surgiu a motivação para me candidatar à vereadora que acabou dando certo. Tivemos uma votação surpreendente no primeiro mandato: obtive 2.210 votos. Agora neste segundo mandato tive um aumento de 522 votos e para mim foi muito gratificante pelo reconhecimento de Parnamirim ao meu trabalho, que é muito identificado com a cidade.

Quais as prioridades para essa sua segunda legislatura?
Tenho procurado trabalhar muito nas políticas públicas para as mulheres, convidei todos os segmentos, fizemos grandes debates e uma grande audiência pública que foi muito produtiva. Sou a presidente da Frente Parlamentar da Mulher na Câmara e tivemos muitos ganhos nesse sentido. Uma das demandas é uma casa abrigo para mulher que sofre violência. Atualmente temos uma parceria com a Clara Camarão, que já não está saturada, e Parnamirim precisa de um espaço próprio. E isso é muito importante, já que a violência contra a mulher cresce assustadoramente. Fizemos um projeto de lei que cria um programa de inclusão profissional para mulheres vítimas de violência, oferecendo cursos de capacitação para que elas possam superar suas condições e ter sua própria renda. Os dados são alarmantes, e eles só revelam a parte que denuncia que é uma minoria dos casos. O prefeito já sancionou o projeto. Falta apenas a implementação, que ficará a cargo da Secretaria de Assistência Social.

Agora que a senhora está na mesa diretora, há aumento de responsabilidade.  O que muda em seu foco de atuação?
Não acredito que haverá mudanças. Sempre houve muita responsabilidade e preocupação em meu mandato. Pensava que só professor trabalhava muito, mas o vereador que conhece seu papel também trabalha muito. Essa oportunidade de estar na mesa diretora me possibilitará colaborar mais com o colega vereador Taveira, com o qual tenho ótima relação. O que muda é que terei uma responsabilidade a mais, mas o meu mandato sempre foi encarado com muita seriedade e trabalho.

Observando a gestão passada, notamos que houve alguns ruídos na relação entre a Câmara e o Executivo. Para essa nova gestão, qual o clima e a perspectiva para essa relação? Como está o grupo dentro da Câmara?
Eu considero que está muito bem. A bancada que dá sustentação ao prefeito é forte e expressiva e a perspectiva é que a parceria entre Câmara e Executivo tem tudo para dar certo. Minha parceria com o prefeito é total, assim como minhas cobranças. Nós, como legisladores, precisamos dessa parceria para poder trabalhar mais e para melhorar áreas com necessidades. Temos um bom diálogo com o prefeito, pois é também atribuição do vereador a fiscalização do Executivo. Quero cumprir meu mandato à risca, honrando esses votos que recebi. Fui vice-líder na votação e isso me dá uma responsabilidade maior porque tenho que devolver essa confiança depositada em mim.

Você foi presidente do PMDB em Parnamirim. Qual sua opinião sobre a mudança na presidência do PMDB, que agora está com o vereador Batista, já que a senhora foi a mais bem votada do partido?
Eu trabalho política sempre pensando em parceria e em diálogo. Passei cerca de um ano como presidente, conduzindo o processo das nominatas em nosso partido. Tenho consciência de que conduzi da melhor forma possível, consegui dar visibilidade as ações do PMDB que é forte e tem uma fundação chamada Ulysses Guimarães. Essa fundação oportuniza cursos, e foi idealização minha que ela viesse para Parnamirim, onde já distribuiu centenas de certificados. Criei os PMDBs Mulher e o Jovem, que foram iniciativas minhas. Eu fiz um relatório sobre o meu trabalho e tenho a consciência tranquila que o desenvolvi bem e de forma mais democrática possível. Senti certo silêncio acerca da renovação da comissão provisória, tive uma reunião com a executiva estadual e o que me passaram é que não havia nada fechado, que seria bom revezamento na liderança. Enfim, não tive problemas com isso. Espero que o companheiro esteja aberto ao diálogo franco e sincero comigo, até porque em matéria de liderança de votos, eu sai na frente e isso é um reconhecimento popular. Tem que se respeitar esse momento que vivo. Ninguém é dono do partido, temos que trabalhar em parceria. A única coisa que estranhei foi o silêncio e acho que merecia mais.

Esse aumento expressivo de quantidade de votos entre o primeiro e o segundo mandato ocorre quando há aumento de cadeiras na Câmara, o que o torna um feito ainda maior. A partir disso, a senhora já pensou a se candidatar a um cargo em nível estadual?
Sempre fui muito tímida em relação a novos desafios. Quando coloquei meu nome pela primeira vez, achava que não ia ter votos. Pra mim é inusitada uma disputa em nível estadual. Não digo que seja absurdo e que não vá acontecer. Mas para isso preciso de apoio de um grupo. Se o partido nos convidar, se houver uma convergência de fatores positivos, pode ser que aconteça sim.

Qual seu maior legado do primeiro mandato?
Preocupei-me muito com a questão da educação. Tentei recuperar a biblioteca municipal, mas foi uma luta que não consegui. Entretanto, consegui mexer com a população. Hoje na Secretaria de Educação há uma preocupação muito grande com nossa biblioteca pública, que é precária.

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