Cefas Carvalho
A princípio tudo
parecia definido: Aliança entre PMDB e PSB no Rio Grande do Norte, o nome do
deputado federal (presidente da Câmara Federal) Henrique Eduardo Alves para
governador e o da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, para o Senado, com o
deputado federal João Maia (PR) como candidato a vice. Prego batido, ponta
virada. Pelo menos parecia, tanto que houve até evento de pré-lançamento da
chapa em hotel da Via Costeira com direito a ampla participação de prefeitos e
Henrique ter um mal estar.
Contudo, se os
peemedebistas esperavam que Wilma fizesse loas ao candidato ao Governo e à sua
luta pelo Senado, não foi isso que ela fez. Pelo contrário. A “Guerreira” vem
sendo evasiva em suas declarações e pouco “combativa” em relação à
pré-candidatura do aliado Henrique.
Ainda houve
fatores externos estranhos: Marina Silva, hoje uma das líderes nacionais do
PSB, declarou que não aprovava a aliança de Wilma com Henrique. E sabe-se que
Eduardo Campos – pré-candidato à presidência pelo PSB – sonha em ter o poder eleitoral
de Wilma como candidata ao Governo, para ter no RN um palanque vitaminado.
Mas, o fator
interno também fala muito alto. Muitos prefeitos e liderados de Wilma não
suportam Henrique. E sonham em ver a ex-governadora como candidata ao Governo.
E SE FOR A
VONTADE DO POVO?
Contudo, o fator
que mais pesa poderá ser as derradeiras pesquisas de intenção de voto. Dono de
uma rejeição acentuada e sem densidade eleitoral para o poder Executivo,
Henrique periga não emplacar nas pesquisas de intenção de voto. E se na última
pesquisa feita pelo grupo Henrique não passar de 15 pontos percentuais na faixa
espontânea e Wilma oscilar entre 35 e 40 pontos? Estaria criado o quadro para
Wilma chegar para Henrique e dizer:
“Deputado, eu
nem queria ser candidata ao Governo, mas, o povo quer que eu seja. E o que
podemos fazer contra a vontade do povo?...”
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