quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ídolo dos antipetistas e conservadores, na prática, apóia casamento gay. E agora, como ficam os evengélicos?

Cefas Carvalho
Como se sabe, de tanto que foi divulgado, por uma iniciativa do presidente do Supremo Tribunal (ST) Joaquim Barbosa, o CNJ- Conselho Nacional de Justiça editou  resolução, que vigora a partir dessa quinta-feira dia 16, proibindo os cartórios de todo o Brasil de recusarem efetivar contrato de união estável entre casais do mesmo sexo. Na prática, isso viabiliza o casamento civil (não religioso, mas civil) de homossexuais, bandeira justa que o movimento homossexual organizado vinha levantando há anos. Mas, da série Perguntar não ofende: Como fica a posição dos evangélicos e conservadores que idolatram (ou idolatravam) Joaquim Barbosa por ser, para eles, “anti-PT” e “anti-Mensaleiros”, agora que por iniciativa dele os cartórios brasileiros são obrigados a registrar casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo? Respostas para a redação, ou melhor, para o blog.

PS: A foto que ilustra este post foi escolhida de propósito, para lembrar que o Brasil tem uma Constituição e que ela reza (ops) em seu artigo primeira que todos são iguais perante a Lei e o Estado.
 

2 comentários:

  1. Olá, meu amigo!

    Apesar de não me considerar evangélico, deixarei aqui meu ponto de vista em relação ao assunto. Sejamos realistas: não é a proibição do casamento em cartório que impedirá homossexuais de viverem juntos e compartilharem suas vidas como um casal. Sendo assim, não vejo problema algum em que se faça justiça quanto aos direitos de quem vive anos debaixo do mesmo teto. Os homossexuais pagam seus impostos, como qualquer outro cidadão e, por conta disso, merecem ter seus direitos garantidos. Não penso que isso incentivará o casamento gay, pois, como eu disse anteriormente, não é o fato de terem ou não um registro em cartório que os impedirá de se unirem em matrimônio. Portanto, vejo a questão pelo lado estritamente legal, isento de qualquer influência religiosa. Mas, por falar em religião, parece-me óbvio que o próximo passo será tentar obrigar padres e pastores a realizarem o casamento gay. Quanto a isso, será uma grande hipocrisia se os homossexuais quiserem a "bênção" daqueles que seguem as orientações do livro que eles dizem abominar. E, por outro lado, se algum sacerdote se dispor a realizar a cerimônia estará sendo ainda mais hipócrita, negando a própria fé que diz professar. A meu ver estamos nos encaminhando para essa confrontação e veremos em breve muitos padres e pastores presos, bem como suas igrejas fechadas, por se recusarem a celebrar um casamento gay. Quem viver, verá...

    Abraços!

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  2. Alan, vc é sempre sensato e humano em suas posições e lhe admiro por isso. Quanto ao seu temor, que é o de Rô Moreira e o de outros amigos evangélicos, pode ficar tranquilo, pois 1) Muitos homossexuais não querem cerimônias, apenas o registro legal, 2) Ninguem, nem a lei pode obrigar um líder religioso a celebrar um casamento, prova maior disso é que, por exemplo, se eu quiser me casar numa Igreja católica, o padre tem toda a razão de não fazer, posto que não sou batizado, nem fiz comunhão nem crisma. Um padre amigo do meu pai, recusou-se a fazer casamento porque descobriu que a noiva estava grávida, e assim por diante. Então, vc jamais será obrigado a fazer um casamento nem de homossexuais, nem de heteros ateus, nem de budistas, simples assim, da mesma forma que o grupo de boêmios que faço parta aqui em natal só permite que entre quem nós queremos, se um playboy quiser entrar, não permitimos. Idem em relação a partidos, se o PSC quiser impedir a entrada de um travesti, ele o faz, e pronto. Entãoi, não tenha esse temor, isso é mais alarmismo de pastores mal intencionados tipo Malafaia e Waldomiro, pois, com o medo é mais fácil manipular as pessoas. Abração, amigo velho de guerra.

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