Cefas Carvalho
Segunda maior cidade do Estado e com
imenso peso político, Mossoró vive tempos de reformulação política, mas deverá
manter o protagonismo tanto na eleição municipal de 2016 como na estadual de
2018.
Historicamente administrado por membros
da família Rosado, o município viu a novidade Cláudia Regina em 2012, mas com
total apoio de Rosalba Ciarlini, consequentemente do grupo político de Carlos Augusto
Rosado. Com a cassação do mandato dela, assumiu o poder o então presidente da
Câmara, Silveira Junior (PSD) que depois venceu a eleição suplementar e
tornou-se prefeito de fato e de direito.
Ligado ao grupo de Rosalba e Carlos mas
sem ser liderado deles, Silveira sonha com voos mais altos. para isso, tem como
desafio ser reeleito em 2016. Isso acontecendo, pode sepultar de vez os
projetos de outro grupo dos Rosados, o de Larissa e Sandra.
Fortalecidos em 2016, Silveira e Rosalba
olharão para 2018. A partir daí, Silveira poderá ter ambições estaduais e
deverá tentar emplacar um deputado estadual (já emplacou Galeno Torquato nesta
eleição, e o pai, Francisco José, foi deputado por dois mandatos).
Mas, os holofotes irão para Rosalba.
Apesar do mau governo, terminou sua administração com dignidade e sem perda de
credibilidade moral. Sua ambição maior deverá ser tentar novamente a eleição
para o Senado, objetivando vingar-se de José Agripino, líder do DEM que vetou
sua candidatura natural à reeleição para apoiar o projeto fracassado de
Henrique Alves (PMDB).
Agripino se fia na inelegibilidade de
Rosalba, por irregularidades eleitorais. Pode ser uma aposta arriscada do
senador democrata. Uma vez se livrando desta inelegibilidade, Rosalba terá
fôlego para a disputa por uma das duas vagas do Senado em 2018, mirando diretamente
o eleitorado de Agripino e preservando Garibaldi Filho (PMDB). Este leque de
possibilidades faz com que o mundo político potiguar fique atento às
movimentações do mundo político mossoroense, sempre acelerado e cheio de
emoções.
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