segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Henrique e seu sonho impossível: Todo mundo no mesmo palanque

Cefas Carvalho
 
Articulador político de primeira mão, o deputado federal - presidente da Câmara Federal - Henrique Eduardo Alves (PMDB) tenta construir uma chapa imbatível para 2014. Encabeçada pelo PMDB, claro.
O problema é que para esta chapa perfeita, Henrique estaria tentando o impossível: construir um palanque que reúna todas as grandes forças políticas do Estado. Não é preciso ser matemático para se chegar a conclusão de que não haverá espaço para todos.
Vejamos: em plano nacional, o PMDB dialoga com o PT, e há a indicação de que os partidos manterão o diálogo no RN. Nesse caso, Henrique veria com bons olhos Fátima Bezerra como candidata ao Senado.
Contudo, Henrique gostaria de ter o PSB de Wilma de Faria no chapão. Como a candidatura ao Governo seria do PMDB, restaria a Wilma justamente... a candidatura ao Senado. Há ainda o PR de João Maia, que poderia ser candidato a vice-governador. Ou ao Senado.
Mas, Henrique também sonha em aglutinar Robinson Faria (PSD), neste caso, apoiando a candidatura a reeleição de Fábio Faria, mas tendo que abrir espaço para Robinson.
De quebra, o presidente da Câmara tem boas relações com o PDT, liderado pelo tio Agnelo Alves e pelo primo prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que poderiam entrar na composição.
E há quem acredite que Henrique não vai querer ter José Agripino Maia (DEM) como adversário. Portanto, tentaria de alguma forma apoiar o senador em seu único projeto para 2014: reeleger o filho federal Felipe Maia.
Em suma, Henrique sinaliza para a existência do acordo com o PT. E  também deixa em aberto a possibilidade de aliança com o PSB e com o DEM. E defende o PMDB das declarações recentes do vice-governador Robinson Faria (PSD), que classificou de “acordão” o fechamento de uma chapa que teria o ex-senador e ex-ministro Fernando Bezerra (PMDB) disputando o governo e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) o Senado.

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