sexta-feira, 12 de julho de 2013

Desenhista do Super Homem lança trabalho em Natal


Rômulo Estanrley
 
Para os fãs de quadrinhos de super-heróis nos anos 1970 e 1980, o maior sonho era ser desenhista dos seus personagens prediletos, sejam da DC Comics ou Marvel. Passados mais de trinta anos, esse sonho já se tornou realidade para alguns, pois mais de cinquenta artistas brasileiros desenham para as majors norte-americanas da nona arte. E um deles esteve em Natal, dias atrás.
Trata-se de Eddie Barrows (ou Eduardo Barros), desenhista do Super-Homem, Asa Noturna, Jovens Titãs e exclusivo da DC Comics. Ele esteve em Natal, nos dias 5 e 6 de julho, no evento HQ Zone, no Praia Shopping, na estrada de Ponta Negra, para lançar o seu sketch book, que soma seus 9 anos de DC Comics (seu contrato foi renovado até 2015) e vender artes originais autografadas. Além dele marcaram presença os potiguares Gabriel Andrade Jr. (Aliens, Die Hard, Lady Death, Ferals) e Wendell Cavalcanti (The Adventures of Paula Peril, The Undertaker´s daughter, O Duque, Cajun, BlackAcre), e o cearense radicado em Natal, Geraldo Borges (Mulher-Maravilha, Liga da Justiça, Tropa dos Lanternas Verdes, Asa Noturna). O evento se encerrará nesta segunda-feira, dia 15.
Barrows, que é natural de Belém/PA e morador de Belo Horizonte (MG), ministrou uma palestra sobre a montagem de um portfólio bem elaborado, que segundo ele, chama a atenção dos editores. Para isso, é necessária uma história curta de cinco ou seis páginas que mostre todo o potencial do artista, artes de capas e pin-ups. O intuito foi mostrar “porque em sua vida só fez seis páginas de testes”, brincou.
Antes, o artista participou de uma mesa redonda com os colegas do RN. Indagado sobre como conquistou a vaga de desenhista do primeiro dos super-heróis, Eddie Barrows disse que o artista precisa construir sua carreira, “sentado no corredor, e não sentado numa janela”. Mencionou que, na DC Comics, os Titãs projetaram-no para frente, que por consequência o levou ao Super-Homem.
Sobre quantas páginas desenha por mês, Barrows respondeu com bom humor: “Depende do desespero!”. Mas revelou que já chegou a desenhar quatro páginas em dois dias.
Barrows acredita que a nona arte brasileira terá uma indústria sólida no futuro, pois sempre que participa em eventos vê novos artistas lançando suas revistas – de boa qualidade – e muitos leitores jovens. “O Brasil é o terceiro maior consumidor de quadrinhos do mundo”, afirmou, mencionando que a Mônica Jovem é o quadrinho que mais vende no mundo, inclusive superando os super-heróis.
Talentos – desenhistas e escritores –, o Brasil tem de sobra, diz Barrows. “O que falta são editores e empresários do mundo da literatura que tenham essa visão. Além disso, não existe uma lei de incentivo à leitura”.
O HQ Zone é uma promoção do Praia Shopping, PortalGHQ e o Quadrinhos – estúdio e escola de desenho.

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